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Maputo espera encurtar prazo para retorno da Total

Lusa
29 de setembro de 2021

Ministro das Finanças espera o retorno do projeto de extração de gás da Total antes do prazo de um ano estipulado pela empresa. Adriano Maleiane diz que a situação em Cabo Delgado justifica o seu otimismo.

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Adriano Maleiane
Ministro Adriano MaleianeFoto: Roberto Paquete/DW

O ministro das Finanças de Moçambique disse esta quarta-feira (29.09) esperar que as obras da Total em Cabo Delgado recomecem antes do prazo de um ano que a empresa estimou como necessário para o Governo resolver a insegurança na região.

"Penso que o prazo esperado de atraso das obras talvez seja reduzido porque apontámos um ano como o tempo necessário para permitir o recomeço do projeto, mas olhando para a situação, hoje, penso que não vai ser esse o caso, estamos a fazer o nosso melhor", disse o governante, mostrando-se otimista na redução do prazo, estimado para abril do próximo ano.

Respondendo a uma pergunta do diretor do departamento africano do Fundo Monetário Internacional (FMI) durante o quarto Fórum sobre a Resiliência em África, no painel 'O nexo entre segurança, crescimento económico e investimento', organizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Adriano Maleiane mostrou-se otimista no recomeço das obras antes do prazo de suspensão de um ano avançado pelas autoridades.

"A perspetiva é boa porque a paz está a manter-se, as pessoas deslocadas estão a voltar às suas casas, e estamos agora no processo de criar condições para voluntariamente virem para casa e não simplesmente desejar vir para casa um dia", acrescentou o ministro.

BG I Alltag und Militarismus in Cabo Delgado
Região de Palma é afetada por terroristasFoto: Roberto Paquete/DW

Primeira exportação

 A petrolífera francesa Total, líder do projeto da Área 1 no norte de Moçambique, suspendeu os trabalhos na instalação perto de Palma a 24 de março, no dia em que a cidade foi atacada pelos insurgentes, e um mês depois anunciou a suspensão de todo o projeto por tempo indeterminado.

 Avaliado entre 20 e 25 mil milhões de euros, o megaprojeto de extração de gás da Total é o maior investimento privado em curso em África, suportado por diversas instituições financeiras internacionais e prevê a construção de unidades industriais e uma nova cidade entre Palma e a península de Afungi.

 A primeira exportação de gás liquefeito está prevista para 2024, o mesmo ano em que a despesa de Moçambique em servir a dívida pública conhecerá um aumento significativo, resultante do adiamento da subida dos juros para o ano em que as receitas deveriam aumentar por via das exportações de gás.

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