1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Cabo Delgado: Missão militar da SADC fica mais três meses

Lusa
13 de janeiro de 2022

Prorrogação do mandato da missão militar da SADC no norte de Moçambique vai custar 26 milhões de euros. Presidente Filipe Nyusi deixa a porta aberta a extensões futuras: "O terrorismo não termina em um mês ou um ano."

https://p.dw.com/p/45SRc
Soldados da missão militar da SADC em Moçambique
Foto: DW

A Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM, na sigla inglesa) vai permanecer no país por mais três meses.

"Foi decidido o prolongamento da missão por mais três meses, mas isso é indicativo [...] O terrorismo não termina em um mês ou um ano. Naturalmente as atividades contra o terrorismo terão de seguir", disse o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi.

Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, visita tropas em Cabo Delgado, em setembro de 2021
Presidente moçambicano, Filipe NyusiFoto: Simon Wohlfahrt/AFP/Getty Images

O Presidente moçambicano falava à comunicação social em Lilongwe, no Malawi, no final da cimeira extraordinária da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) que debateu a SAMIM, que a organização enviou para apoiar Moçambique no combate à insurgência em Cabo Delgado, norte de Moçambique.

Segundo o chefe de Estado, o prolongamento da missão militar que apoia Moçambique na luta contra os rebeldes em Cabo Delgado vai custar 29,5 milhões de dólares (26 milhões de euros), tendo a maior parte dos líderes regionais que estiveram na cimeira assumido o compromisso de disponibilizar as verbas dentro dos prazos estipulados.

"O orçamento foi também aprovado e promulgado e grande parte dos países durante a sessão disseram que vão cumprir com o prazo estipulado", frisou o chefe de Estado moçambicano.

Missão alargada a outras províncias?

Num momento em que surgem sinais de alastramento da insurgência para a província do Niassa, vizinha de Cabo Delgado (norte de Moçambique), com ataques esporádicos a pontos recônditos que já provocaram a fuga de cerca de 3.000 pessoas nestes locais, Filipe Nyusi esclareceu que a SADC está aberta para apoiar Moçambique no combate ao terrorismo em qualquer ponto do país.

"Os nossos amigos colocaram-se à disposição para apoiar o combate ao terrorismo em Moçambique e, para eles, não é só em Cabo Delgado. Se o terrorismo puxa para a direita ou para a esquerda, nós vamos ao encontro do terrorista", declarou o chefe de Estado moçambicano, frisando que os rebeldes que "se movimentam para zonas que acham que lhes são favoráveis terão a resposta que merecem". 

O evento de quarta-feira (12.01) no Malawi foi antecedido, no dia anterior, pela cimeira extraordinária da 'troika' de Cooperação nas Áreas de Política e Defesa da SADC, presidida pelo chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, que é presidente do órgão, que também defendeu a prorrogação do mandato das forças estrangeiras em Cabo Delgado.

No encontro, os líderes regionais também encorajaram Moçambique a prosseguir com o plano de realizar uma conferência internacional para apoiar a reconstrução das zonas afetadas pelo terrorismo em Cabo Delgado.

"Mudar a forma de bater" para combater a insurgência

Saltar a secção Mais sobre este tema