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CASA-CE duvida que eleições sejam livres e justas em Angola

Lusa | gs
10 de março de 2017

Mas se houver vontade política, as anomalias a nível do processo eleitoral podem ser corrigidas, afirmou o líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, esta sexta-feira (10.03), em Benguela.

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Eleições gerais angolanas, em 2012Foto: AP

Para o líder da Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), o ambiente político que se vive em Angola não permite a condução de eleições "livres, justas e transparentes".

Abel Chivukuvuku discursou, em Benguela, litoral sul de Angola, na abertura da primeira reunião do Conselho Consultivo Nacional da segunda maior força da oposição angolana, que visa a estruturação da CASA-CE, tendo em vista as eleições gerais, agendadas para agosto próximo. 

"Nós estamos abertos e prontos para colaborar com as instituições públicas, que têm responsabilidades eleitorais", manifestou Abel Chivukuvuku. O líder da CASA-CE defende que "se houver vontade política, as anomalias atuais podem ser corrigidas" a fim de melhorar a execução das tarefas relacionadas com o processo eleitoral. 

Angola Luanda Abel Chivukuvuku, Führer der Koalition CASA-CE
Abel Chivukuvuku, líder da CASA-CEFoto: DW/N. Sul d'Angola

Para que "haja transparência no processo, é fundamental garantir lisura; contagem e publicação dos resultados nas assembleias de voto e ao nível municipal; acesso igual de todos os representantes dos candidatos às salas de escrutínio a todos os níveis; e atendimento igual e atempado a todas as reclamações sobre eventuais irregularidades", afirma Abel Chivukuvuku. 

Em tom de crítica, o líder da segunda maior força da oposição angolana entende que "a comunicação social pública não pode continuar a discriminar e a promover desavergonhada e ilegalmente, o candidato do partido no poder, em detrimento dos demais".

Depois de 42 anos de independência de Angola, Abel Chivukuvuku diz que "a mudança é um imperativo". Mudança necessária "por causa dos jovens angolanos, a quem foram coartadas as oportunidades" e "por causa de um elevado número de mulheres angolanas que perdem a vida no parto, por falta de assistência médica e medicamentosa adequada, bem como pela vida difícil que levam como camponesas, vendedoras de praça, zungueiras (venda ambulante) e trabalhadoras domésticas, mas sempre no ciclo da pobreza".

A CASA-CE deverá apresentar, em maio, os cabeças-de-lista às eleições gerais de agosto.

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