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PolíticaGuiné-Conacri

Guiné-Conacri: "Alpha Condé está em boa saúde", diz CEDEAO

AFP | tm
11 de setembro de 2021

Numa visita à Guiné-Conacri após o golpe militar ocorrido na última semana, membros de uma missão da CEDEAO asseguraram nesta sexta-feira (10.09) que o Presidente deposto, Alpha Condé, está em boas condições de saúde.

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Guinea Alpha Conde
Foto: Facebook/Alpha Condé

"Vimos o Presidente [Alpha Condé] e ele está bem", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Burika Faso, Alpha Barry, aos repórteres. Suas palavras foram confirmadas pelo presidente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean-Claude Kassi Brou.

A missão da CEDEAO chegou à capital guineense, Conacri, nesta sexta-feira (10.09), composta pelo presidente da comissão e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros do Burkina Faso, Nigéria, Togo e Gana, que detém atualmente a presidência rotativa da comunidade.

Antes da sua reunião com o Presidente, a delegação reuniu-se durante quase duas horas com um representante da junta militar.

"Tivemos discussões muito positivas" com os militares, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros do Gana, Shirley Ayorkor Botchwey.

Guiné-Conacri suspensa da CEDEAO

A liderança da CEDEAO decidiu na quarta-feira (08.11) suspender a Guiné-Conacri dos seus órgãos e exigiu também a libertação de Condé.

O secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros guineense, que atualmente lidera a diplomacia após a demissão dos outros altos funcionários, falou ontem de um "princípio" de acordo sobre a libertação do Presidente deposto.

"É difícil responder imediatamente à exigência" da comunidade internacional, mas "chegamos a um princípio" de acordo, disse.

Guinea | Mamady Doumbouya
Mamady Doumbouya (centro), líder das forças especiais de elite do exército guineense, é – desde o último domingo (05.09) – o protagonista da situação política na Guiné-Conacri.Foto: CELLOU BINANI/AFP/ Getty Images

Liderados pela comandante Mamady Doumbouya, os líderes golpistas capturaram Condé no domingo (05.09), dissolveram as instituições e anunciaram a libertação dos "presos políticos".

O golpe foi saudado por aplausos nas ruas e demonstrações de apoio em Conacri. Mas não foi bem recebido pela comunidade internacional, que aumentou a sua pressão sobre a Guiné.

A União Africana (UA) anunciou nesta sexta-feira (10.09) a suspensão da Guiné-Conacri de todas as suas "atividades e órgãos de decisão".

Até agora, nenhuma morte foi oficialmente noticiada após o golpe, embora os meios de comunicação guineenses tenham noticiado entre dez a vinte mortes entre os membros da guarda presidencial, sendo as informações difíceis de verificar. 

"Não haverá caça às bruxas", promete coronel Doumbouya