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Cessar-fogo assinado na Somália

EFE | Reuters | gs
19 de novembro de 2016

As regiões de Galmudug e Puntland firmaram, este sábado (19.11), um cessar-fogo que pretende pôr termo a um longo conflito, que já matou centenas de pessoas e provocou milhares de deslocados.

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Garowe, capital do estado semi-autónomo de PuntlandFoto: Bettina Rühl

O acordo foi anunciado pelo primeiro-ministro da Somália, Omar Abdirashid Ali Sharmarke, e o ministro do Interior, Abdirahman Odowa, que mediaram os diálogos entre os líderes de ambas as partes.

A província de Galmudug e a região semi-autónoma de Puntland têm um longo historial de combates. Os últimos confrontos entre as forças regionais registaram-se, há duas semanas, na sequência de uma disputa sobre edifícios planeados em Galkayo, cidade que divide as duas regiões.

Mas o primeiro-ministro somali "viajou para Galkayo e, na última semana, trabalhou nas negociações de um cessar-fogo imediato e na iniciação de um acordo de paz permanente", segundo comunicado do seu gabinete.

Somalias Premierminister Omar Abdirashid Ali Sharmarke
Primeiro-ministro da Somália, Omar Abdirashid Ali Sharmarke, conduziu as negociações para o cessar-fogoFoto: M. Abdiwahab/AFP/Getty Images

O documento refere ainda que o chefe de Governo, Abdirashid Sharmarke, se reuniu com os presidentes das regiões de Galmudug, Abdikarim Hussein Guled, e de Puntland, Abdiweli Mohamed, e assistiu ao afastamento das tropas do local de confrontos, a fim de criar uma zona tampão de quatro quilómetros. Perante a retirada de tropas e de armamento, o primeiro-ministro somali pediu aos milhares de deslocados que voltem sem medo para os seus lares.

A missão de faz da Organização das Nações Unidas na Somália já saudou o acordo e enviou a Galkayo uma equipa de reconhecimento que trabalhará com representantes dos dois lados para executar o cessar-fogo.

No último dia 7 de novembro, um acordo de paz entre as partes colapsou e novos confrontos mataram, pelo menos, 29 pessoas e deixaram 50 feridos.

Na região do Corno de África, a Somália vive mergulhada no caos e na guerra desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi deposto do poder. O país ficou sem um Governo efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas e de grupos criminosos. No centro da instabilidade na Somália está, há décadas, a milícia islâmica Al-Shabab.