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Chade: Filho do Presidente nomeia conselho de transição

DW (Deutsche Welle) | Lusa
21 de abril de 2021

O general Mahamat Idriss Déby, filho do recém-falecido Presidente do Chade, já nomeou os 15 generais que compõem o Conselho Militar de Transição que irá liderar o país durante 18 meses, até à realização de eleições.

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Mahamat Idriss Déby Itno lidera a transição militar no ChadeFoto: Marco Longari/AFP/Getty Images

"O decreto n.º 1 do presidente do Conselho Militar de Transição, Mahamat Idriss Déby Itno, designa os 15 membros do Conselho Militar de Transição", refere o decreto assinado pelo filho de Idriss Déby Itno.

Além de Idriss Déby, general do Exército, da lista constam também os nomes de 14 generais conhecidos por estarem no círculo mais próximo do chefe de Estado, que morreu na terça-feira (20.04) em consequência de ferimentos enquanto liderava uma ofensiva contra rebeldes no país.

Foram também nomeados familiares do antigo Presidente e cinco são membros da tribo zaghawa, que monopolizou o Estado desde que Déby subiu ao poder, em 1990.

Déby sucede a Déby

Mahamat Idriss Déby, de 37 anos, foi criado pela mãe do falecido marechal e chefe de Estado, daí o seu apelido Mahamat Kaka (kaka significa "avó").

Todesfall Präsident des Tschad Idriss Deby gestorben
Idriss Déby estava no poder há 30 anosFoto: Lemouton Stephane/ABACA/picture alliance

Em fevereiro de 2013, o pai nomeou-o segundo comandante das Forças Armadas chadianas de serviço no norte do Mali (FATIM), sob o comando do general Oumar Bikomo.

Menos conhecido que o seu irmão Zakaria Idriss Déby Itno, Mahamat Idriss Déby Itno é também, desde 2014, chefe da Direção Geral dos Serviços de Segurança das Instituições do Estado, que servia como guarda presidencial do pai.

Idriss Déby Itno, 68 anos, tomou o poder em 1990 num golpe e foi promovido ao posto de marechal de campo em agosto último. Foi reeleito no passado dia 11 de abril para um novo mandato de seis anos com 79,32% dos votos, de acordo com os resultados provisórios anunciados na segunda-feira à noite pela comissão eleitoral nacional.

O chefe de Estado morreu depois de ter visitado a linha da frente para se juntar ao exército, que enfrentava uma coluna de rebeldes, que tinham lançado uma ofensiva a partir de bases recuadas na Líbia no dia das eleições.

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