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Combater terrorismo "é do interesse da União Europeia"

gcs | Lusa
26 de janeiro de 2021

Chefe da diplomacia portuguesa, Augusto Santos Silva, disse no Parlamento Europeu que é importante ajudar Moçambique a combater os insurgentes para travar a expansão das redes terroristas internacionais.

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Foto: DW/J. Carlos

"Este é um interesse da União Europeia, não se trata apenas de uma questão interna de Moçambique. Nós não podemos deixar que a África Oriental se constitua como uma das áreas de penetração e consolidação das redes terroristas internacionais e dos laços tão estreitos que elas têm com os diferentes tráficos de seres humanos, de droga, de pirataria, etc", disse esta terça-feira (26.01) Augusto Santos Silva na comissão parlamentar de Assuntos Externos do Parlamento Europeu, em Bruxelas.

O governante assinalou que um dos grandes objetivos da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia é "desenvolver a estratégia conjunta com África", em que se inclui o apoio a Moçambique no combate ao terrorismo e ajuda às populações afetadas pela violência na província nortenha de Cabo Delgado.

"Trata-se de reforçar a cooperação entre a União Europeia e Moçambique nas áreas em que ela já existe: ação humanitária e os projetos de apoio ao desenvolvimento. E trata-se de aumentar significativamente a cooperação com Moçambique na área em que ela hoje é residual, a área da segurança", afirmou o ministro português dos Negócios Estrangeiros.

Neste campo, "o que está em causa é o nosso apoio à formação e treino de forças militares moçambicanas, para que elas sejam mais capazes de responder à insurgência, e também apoio logístico e em matéria de equipamento".

Augusto Santos Silva frisou que "é muito importante" garantir que o apoio "se faz no respeito estrito da soberania de Moçambique" e "no respeito pelos direitos humanos, na formação necessária das forças militares e de segurança e na ligação clara entre a dimensão da segurança e a dimensão do desenvolvimento".

O ministro adiantou que o trabalho técnico "já começou" e que espera que, "nas próximas semanas, consigamos chegar à definição do quadro político que há-de enquadrar este reforço da cooperação da UE com Moçambique".

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