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Comitiva empresarial brasileira visita Maputo à procura de novas oportunidades

23 de novembro de 2011

O ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Fernando Pimentel, propôs em Maputo a criação de uma “conta carvão”, um mecanismo de garantia para o financiamento infraestruturas em Moçambique.

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A exploração da mina de carvão de Moatize poderá render até 18 mil milhões de dólares anuais
A exploração da mina de carvão de Moatize poderá render até 18 mil milhões de dólares anuaisFoto: picture-alliance / OKAPIA KG, Germany

Na sua deslocação a Maputo onde foi recebido terça-feira (22.11) pelo ministro das Finanças, Manuel Chang, o ministro brasileiro do Desenvolvimento, Indústria e Comercio Exterior, Fernando Pimentel, sugeriu que os direitos de concessão, devidos pela companhia Vale ao governo de Moçambique pela exploração da mina de carvão de Moatize, sejam dados em garantia a empréstimos de 365 milhões de dólares.

O modelo permitiria o início, ainda em 2012, das obras da barragem de Moamba Major, que evitaria o colapso no abastecimento de água da capital. Além de Moamba Major, o Brasil já aprovou um credito de 300 milhões de dólares para o financiamento de infraestruturas em Moçambique. De entre estes projetos, contam-se construção do aeroporto internacional de Nacala, corredor de acesso a zona franca de Nacala e o investimento em transporte urbano em Maputo.

Novas infraestruturas poderão ser construídas com financiamento brasileiro. Na imagem o porto da Beira
Novas infraestruturas poderão ser construídas com financiamento brasileiro. Na imagem o porto da BeiraFoto: Ismael Miquidade

Esta perspetiva animou os cerca de 80 empresários que acompanharam o governante brasileiro a Maputo. Neil Bettencourt, um diplomata brasileiro, explica o impacto positivo da “conta carvão”.

“As exportações da Vale vão gerar muitos recursos, vão gerar um montante que pode atingir os 18 mil milhões de dólares anuais . Parte desses dinheiro pode servir para garantir os financiamentos brasileiros. Com isso Moçambique vai poder fazer importações importantes que permitam modernizar e industrializar o país e para desenvolver projetos estruturantes”.

Para Ricardo Santana, da APEX Associação de Exportações do Brasil a visita a Moçambique permitiu avaliar “como um todo as potencialidades do país”.

Após dois dias de missão em Moçambique, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Fernando Pimentel, seguiu para Angola. Também neste país africano a delegação brasileira procura estreitar as relações económicas com os países africanos e fazer um raio x de suas necessidades, a fim de elaborar estratégias para aumentar a competitividade das empresas brasileiras na África.

Autor: Ezequiel Mavota (Maputo)
Edição: Helena de Gouveia/António Rocha