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Conselho de Segurança preocupado com a situação em Bissau

Lusa
2 de julho de 2020

O Conselho de Segurança da ONU expressa preocupação com os recentes incidentes na Guiné-Bissau e admite a possibilidade de adotar "medidas apropriadas".

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Foto: picture-alliance/dpa/Xinhua/L. Muzi

"Os membros do Conselho de Segurança expressaram preocupação com os incidentes recentes e pediram às forças de defesa e segurança da Guiné-Bissau para não interferirem no processo político" do país, refere, em comunicado à imprensa, aquele órgão da ONU.

No comunicado, datado de 1 de julho, o Conselho de Segurança pede a "todas as partes interessadas que se abstenham de qualquer ação que possa pôr em risco a ordem constitucional e o Estado de direito, essenciais para a paz, a segurança e a estabilização política na Guiné-Bissau".

"Os membros do Conselho de Segurança lembram a todas as partes interessadas que podem considerar a adoção de medidas apropriadas em resposta a desenvolvimentos futuros da situação na Guiné-Bissau", salienta.

As forças de segurança da Guiné-Bissau têm sido acusadas pelas organizações de defesa dos direitos humanos de detenções ilegais e arbitrárias, nomeadamente de cidadãos relacionados com a atividade política.

ONU pede Governo que respeite legislativas de 2019

Sublinhando que tomou nota do reconhecimento pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) de Umaro Sissoco Embaló como vencedor das eleições presidenciais, o Conselho de Segurança instou todos os guineenses a respeitarem as decisões da CEDEAO, "incluindo a nomeação de um primeiro-ministro e formar um novo Governo, em total conformidade com as disposições da Constituição e com os resultados das eleições legislativas de março de 2019".

O Conselho de Segurança pede também às autoridades guineenses para resolverem a crise política através do diálogo e para implementarem as reformas urgentes, incluindo a revisão da Constituição.

Em relação ao tráfico de droga, o Conselho de Segurança recorda os "ganhos alcançados" com as apreensões ocorridas em 2019 e apela às autoridades para que tomem "medidas concretas" para "garantir a paz, segurança e estabilidade, combatendo o narcotráfico e crime organizado, o que pode ameaçar a segurança e a estabilidade na Guiné-Bissau e na sub-região".

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