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Covid-19 faz mais de 3 mil mortos e continua a propagar-se

rl | ms | Lusa | Reuters
2 de março de 2020

Pelo menos 86 mil pessoas de 60 países já contraíram o novo coronavírus, que até ao momento fez mais três mil mortos. Na Europa, números têm aumentado acentuadamente. No setor da economia, as perdas são muito avultadas.

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Foto: Reuters/Antara Foto/M. Adimaja

O caso mais alarmante continua a ser a China, seguida do Irão. Também na Europa os números têm aumentado acentuadamente nos últimos dias. A Itália continua a ser o país mais preocupante, com 1.128 pessoas infetadas e 29 vítimas mortais.

Ao longo deste fim de semana, também as autoridades alemãs chamaram a atenção para a possibilidade de um surto no país. O número de casos de coronavírus na Alemanha duplicou em apenas 24 horas, registando-se no domingo (01.03) 129 casos positivos. Apesar de o Governo alemão ter informado que não há motivo para pânico, tem havio uma corrida aos supermercados por parte dos consumidores.

No continente africano, para já existe apenas a confirmação de três casos, na Argélia, no Egito e na Nigéria. Vários países têm aumentado as medidas de prevenção e contenção. Angola, por exemplo, anunciou que a partir de terça-feira (03.03), a quarentena será obrigatória para todos os cidadãos que tenham estado na China, Coreia do Sul, Irão e Itália, países com "casos autóctones" do surto de coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, a quarentena é obrigatória também para os cidadãos que tenham viajado para a Nigéria, o Egito e a Argélia ou que tenham tido "contacto com doentes afetados por coronavírus".

Mas nem tudo são más notícias. Na China, a taxa de cura dos pacientes infetados pelo coronavírus continua a aumentar, garante o porta-voz da Comissão Nacional de Saúde da China, Mi Feng. "Na última semana, a taxa de cura de pacientes infetados com o coronavírus continuou a aumentar. Cerca de 52% dos pacientes receberam alta hospitalar, o que indica que a situação geral de prevenção e controlo do vírus tem melhorado. O tratamento provou ser eficaz", declarou.

Consequências da epidemia

As consequências da epidemia provocada pelo coronavírus, detetado na China no final do ano passado, continuam a somar-se. Um pouco por todo o mundo, o vírus tem levado ao cancelamento de vários eventos, ao encerramento de empresas, escolas e atrações turísticas, sem falar das restrições de viagens e cancelamento de voos.

Covid-19 faz mais de 3 mil mortos e continua a propagar-se

No setor da economia, as perdas são já muito avultadas, com as ações a registarem já a maior queda desde 2008. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) reviu hoje em baixa de 0,5 pontos percentuais, para 2,4%, as estimativas para o crescimento mundial este ano, devido ao surto do novo coronavírus. 

"Na assunção que os picos de epidemia na China no primeiro trimestre de 2020 e os surtos noutros países se provem moderados e contidos, o crescimento mundial poderia ser decrescido em cerca de 0,5 pontos percentuais [p.p.] este ano relativamente ao esperado nas previsões económicas de novembro de 2019", segundo o relatório das previsões económicas intercalares. 

Nos próximos dias, os ministros das finanças do G7 e do Eurogrupo também vão debater através de conferência telefónica a coordenação de respostas aos efeitos do novo coronavírus, disse hoje o Governo francês. "Vamos realizar, esta semana, uma reunião por telefone porque é preciso evitar a deslocação dos ministros do G7, para coordenarmos respostas", disse o ministro das Finanças da França, Le Maire, à France 2. 

Uma reunião semelhante, mas dos ministros do Eurogrupo está agendada para quarta-feira, adiantou Bruno Le Maire acrescentando que "são necessárias ações concertadas".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para "muito elevado".

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