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Covid-19: UE já tem 9,5 mil milhões de euros para vacina

Lusa | ms
26 de maio de 2020

A campanha de angariação promovida pela Comissão Europeia para financiar a investigação de tratamentos e vacina para a Covid-19 atingiu 9,5 mil milhões de euros, acima do objetivo inicial de 7,5 mil milhões de euros.

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Foto: picture-alliance/AP/T. Warren

"A Comissão registou 9,5 mil milhões de euros em promessas de contribuições, face aos 7,4 mil milhões atingidos no evento de 4 de maio, e acima do objetivo inicial de 7,5 mil milhões de euros", anunciou hoje o porta-voz do executivo comunitário, precisando que o novo montante tem em conta as promessas feitas desde então por Marrocos, Nova Zelândia e o Banco Europeu de Investimento (BEI).

Eric Mamer apontou que "este é um importante marco, mas apenas um início para arrecadar os recursos consideráveis que serão necessários para acelerar o desenvolvimento de novas soluções e assegurar o acesso universal às mesmas".

O porta-voz acrescentou que a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, "anunciará os próximos passos na resposta global à covid-19 na quinta-feira à tarde, numa declaração à imprensa com parceiros externos", momento em que também serão divulgados os dados precisos das contribuições.

Numa iniciativa marcada pela ausência dos Estados Unidos, além dos contributos da generalidade dos países europeus, incluindo, registam-se doações do Canadá (551 milhões de euros), Japão (762 milhões), Arábia Saudita (457 milhões) e Austrália (200 milhões), entre outros. A China, país onde começou a pandemia, doou 45 milhões de euros.

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Entre os Estados-membros da UE, destacam-se os contributos da Alemanha (525 milhões) e França (510 milhões). Portugal, que anunciou uma contribuição pública e privada de 10 milhões de euros. A Comissão Europeia anunciou, por seu lado, uma contribuição de mil milhões de euros.

Esta maratona mundial de angariação de fundos surgiu após a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras organizações mundiais que operam no setor da saúde terem lançado um apelo conjunto à mobilização para desenvolver um acesso rápido e equitativo a instrumentos de diagnóstico, terapias e vacinas contra o novo coronavírus que sejam seguros, de qualidade, eficazes e a preços acessíveis.

Mais de 115 mil casos em África

O número de mortos em África pela Covid-19 aumentou para 3.471 nas últimas 24 horas, mais 123, em mais de 115 mil casos de infeção em 54 países, de acordo com dados sobre a pandemia naquele continente. Segundo dados divulgados pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de doentes recuperados cresceu de para 46.426.

O norte de África é a região mais afetada pela doença no continente, com 1.649 mortos e 35.365 infetados pelo novo coronavírus. Seis países - África do Sul, Argélia, Egito, Marrocos, Nigéria e Gana - concentram cerca de metade das infeções pelo novo coronavírus no continente e mais de dois terços das mortes associadas à doença. 

Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infeções, com 1.178 casos, e regista sete mortos. Cabo Verde tem 390 infeções e três mortos e São Tomé e Príncipe regista 299 casos e 12 mortos. Moçambique conta 209 doentes infetados e um morto e Angola tem 70 casos confirmados de covid-19 e quatro mortos. 

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de já provocou mais de 344 mil mortos e infetou mais de 5,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios. Mais de 2,1 milhões de doentes foram considerados curados.