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Crise obriga Angola a reduzir número de doentes no exterior

Lusa | mjp
14 de setembro de 2019

O Estado angolano anunciou que vai diminuir o número de pacientes e acompanhantes no exterior, devido à atual crise financeira que o país vive e pela falta de verbas disponíveis.

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Foto ilustrativa: Hospital de Santa Maria, em Lisboa.Foto: DW/J. Carlos

Em comunicado a que a agência Lusa teve acesso, o Ministério da Saúde refere que a solução passa por, doravante, tratar os pacientes em Angola "à semelhança da maioria da população tratada no país, permitindo assim a reversão do quadro atual".

O documento refere que o Estado angolano tem feito todo o esforço para garantir assistência médica aos pacientes, tanto em Angola através das unidades hospitalares, bem como para os doentes enviados pela Junta Nacional de Saúde para o exterior do país.

Sobre os doentes enviados para Portugal e África do Sul, a nota adianta que o Governo angolano tem garantido durante vários anos assistência médica, medicamentosa, alojamento, alimentação e transportes, de acordo com as disponibilidades financeiras em cada momento.

"Os custos assistenciais e de alojamento são elevados, o que faz com que o suporte financeiro não seja o mais adequado para o elevado número de pacientes e acompanhantes existentes em Portugal, muito dos quais com muitos anos de estadia", pode ler-se no comunicado.

O Estado angolano realça que a diminuição do número de doentes em Portugal, os poucos que restarem "terão a sua situação social e assistencial melhorada e as dívidas, sobretudo com alojamento serão certamente eliminadas".

O comunicado do Ministério da Saúde surge em reação a notícias recentes sobre as dificuldades por que estão a passar doentes angolanos enviados pela Junta Nacional de Saúde para Portugal.

Dados citados pela agência de notícias angolana Angop apontam para a existência de 328 pacientes angolanos no exterior, particularmente em Portugal e na África do Sul - e muitos com acompanhantes. Em média, ainda de acordo com a Angop, o Governo gasta cerca de quatro milhões de kwanzas (cerca de 10 mil euros) por ano por cada paciente.

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