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Diplomatas do Uganda desviariam recursos contra a Covid-19

AFP | mp
25 de agosto de 2020

Áudio atribuído à embaixadora do Uganda na Dinamarca e à sua equipa revelaria como diplomatas desviariam recursos para o combate à pandemia. Governo ugandês chama Nimisha Madhvani de volta ao país para esclarecimentos.

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Symbolbild | Geld | Umschlag
Foto: imago images/teamwork/A. Duwentäster

O Governo do Uganda solicitou, nesta segunda-feira (24.08), que sua embaixadora na Dinamarca e seu auxiliar retornassem ao país. Os diplomatas foram gravados aparentemente a conspirar numa reunião do Zoom - um programa para reuniões online - para desviar fundos destinados a lidar com a crise da Covid-19.

No áudio que seria dos diplomatas, a embaixadora Nimisha Madhvani e outros membros de sua equipa parecem sugerir que, em vez de registar o dinheiro para uso no combate à pandemia de Covid-19 no Uganda, os recursos fossem repartidos durante oito dias entre os integrantes do grupo em missão.

"Dêem a si próprios 4 mil dólares [o equivalente a 3,380 euros]... ", ouve-se dizer num trecho que foi atribuído ao número dois da embaixada Elly Kamahungye, quando alegadamente ele admitiria também haver "contas confusas".

Neste mesmo áudio, os diplomatas teriam lembrado como foram capazes de subornar os auditores para que arquivassem uma investigação das contas da embaixada. A própria Madhvani sugeriria que os membros do pessoal "encontrem uma forma" de utilizar o dinheiro.

De volta para o Uganda

A exemplo do que ocorreu em países como África do Sul - que também tem episódios de corrupção com recursos que serviriam para lidar com a pandemia - o áudio provocou revolta nas redes sociais no Uganda. Um trecho foi compartilhado no twitter na segunda-feira à noite.

Uma usuária comenta que na verdade o grupo diplomático planejaria "roubar dinheiro dos contribuintes durante cada dia da missão de 8 dias!” E chama atenção para o fato de a voz atribuída a Elly Kamahungye pedir a todos que "guardem o dinheiro num cofre para eles até a auditoria estar concluída!”. 

O secretário permanente do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Uganda, Patrick Mugoya, prometeu uma investigação completa, afirmando que "o ministério quer expressar sua grande preocupação sobre as alegações... E leva este assunto a sério".

 

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