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Dívidas ocultas: "Permanecem dúvidas", diz consultora

Lusa
10 de dezembro de 2022

Consultora Oxford Economics Africa considera que condenações dão um sinal de confiança no sistema judicial de Moçambique, mas que se mantêm as dúvidas sobre o envolvimento do antigo e atual Presidente da República.

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Mosambik Amtseinführung von Filipe Nyusi
Filipe Nyusi e Armando Guebuza, janeiro de 2015Foto: picture-alliance/dpa/M. De Almeida

A consultora Oxford Economics Africa considerou que a conclusão do julgamento das dívidas ocultas de Moçambique dá um sinal de confiança no sistema judicial, mas mantém as dúvidas sobre o envolvimento do antigo e atual Presidente da República.

"A conclusão do mediático julgamento com condenações, juntamente com as sentenças de 12 anos atribuídas a Ndambi Guebuza, Gregório Leão e António Carlos do Rosário vai enviar uma forte mensagem e ajuda a restaurar a fé no sistema judicial de Moçambique, mas as dúvidas permanecem sobre o envolvimento do antigo Presidente Guebuza e, na verdade, também do atual Presidente Nyusi", disse o analista Louw Nel.

Em declarações à Lusa, o analista desta filial africana da consultora britânica Oxford Economics lembra que "Filipe Nyusi era ministro da Defesa na altura [da contração das dívidas] e tem havido muita especulação de que ele teria conhecimento da fraude".

"Na verdade, Guebuza tentou culpar o seu sucessor, em fevereiro, quando testemunhou que, apesar de não ser o responsável pela criação dos empréstimos em causa, o problema está em Nyusi", acrescentou.

As críticas, afirmou, "não causaram um dano permanente, já que Nyusi foi reeleito líder da Frelimo em setembro", mas o facto de não ir ser o candidato do partido em 2024 e de as críticas terem sido públicas "mostra que o desentendimento entre ambos e o escândalo das dívidas ocultas pode não ter tido o capítulo final na leitura da sentença" desta semana.

Preocupação com declarações de Chang

Na verdade, acrescentou, "a insistência de Maputo em querer que o antigo ministro das Finanças Manuel Chang seja extraditado para Moçambique e não para os Estados Unidos sugere que há preocupação sobre o que possa dizer quando testemunhar".

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