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Edil de Nampula denuncia sabotagem de campanha contra o lixo

Sitoi Lutxeque (Nampula)
16 de agosto de 2018

Segundo o autarca de Nampula, Paulo Vahanle, da RENAMO, "pessoas de má-fé" estarão alegadamente a sabotar a sua campanha para remoção do lixo e embelezamento da cidade no norte de Moçambique.

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Mosambik Kampagne gegen Müll in Nampula
Foto: DW/S. Lutxeque

A remoção do lixo e a devolução da beleza da cidade virou o centro das atenções do autarca de Nampula, Paulo Vahanle, da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), desde a sua tomada de posse, em abril. O edil considera que o trabalho está a correr bem, mas diz existirem "pessoas de má-fé" que, no lugar de colaborar para embelezar a cidade, estão a sabotar os trabalhos.

"A cidade de Nampula já não é aquela que era mal falada [por causa de montes de lixo], e um cenário muito criticado pelos munícipes. Há zonas identificadas, temos um calendário [com horários] para depósito de lixo, mas que está a ser violado. Há também munícipes que transportam lixo em grandes quantidades nas suas viaturas e depositam em locais inapropriados [sujando a cidade]", lamenta o edil do Conselho Municipal de Nampula, ao denunciar uma alegada sabotagem da sua campanha.

"Inimigos políticos"

Por seu lado, o presidente da Assembleia Municipal de Nampula e ex-edil interino, Américo Iemenle, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), entende que a cidade está a livrar-se paulatinamente dos resíduos sólidos, mas acrescenta que Vahanle está a ser prejudicado pelos seus "inimigos políticos".

Edil de Nampula denuncia sabotagem de campanha contra o lixo

"Realmente, é uma situação que acontece no seio da nossa cidade e isso é uma denúncia popular dos munícipes que não ficam satisfeitos com o comportamento de certas pessoas que sabotam os trabalhos do município. Quem são essas pessoas? Não estão muito bem identificadas, mas acompanhei através das redes sociais que são carros do Estado. Então, qual é esse Estado?" interroga-se.

Recolha diária

Até ao momento, a edilidade não sabe de concreto a quantidade de lixo que é produzida diariamente, mas o presidente do Conselho Municipal avançou que a capacidade de recolha é estimada em mais de 100 metros cúbicos por dia. Paulo Vahanle dá prazos sobre melhores dias de salubridade em quase toda a cidade. Segundo o autarca, a edilidade já desembolsou pouco mais de 19 milhões de meticais (cerca de 284 mil euros) para aquisição de vários equipamentos destinados a remoção e recolha de resíduos sólidos.

"Até o dia 22 [de agosto, altura em que se celebra o dia da cidade] vamos garantir que Nampula estará minimamente limpa, porque estamos empenhados a conseguir fazer o nosso máximo", disse.

Munícipes satisfeitos em parte

Ao que tudo indica, os munícipes estão satisfeitos com os esforços da edilidade na melhoria do saneamento, embora lamentem o facto deste ser com maior frequência no centro urbano em detrimento dos bairros periféricos.

Egídio Nampula é um destes cidadãos. Ele quer ainda que "nos bairros sejam mobilizadas e sensibilizadas as pessoas para que saibam organizar e depositar o lixo corretamente nos locais apropriados e que também sejam colocados contentores móveis".

Os equipamentos para dinamizar a remoção do lixo, adquiridos pela edilidade, chegarão à cidade de Nampula até ao fim  desta semana, segundo as autoridades.