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PolíticaAlemanha

Eleições nos EUA são "aviso urgente" para a Alemanha

Rebecca Staudenmaier
9 de novembro de 2020

As eleições presidenciais nos Estados Unidos da América puseram a nu as profundas divisões do país. E devem servir de lição e aviso para a Alemanha, advertiu o ministro das Finanças, Olaf Scholz.

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Apoiante do Presidente eleito Joe Biden celebra vitória em BerlimFoto: Markus Schreiber/picture alliance/AP Photo

Depois de uma campanha eleitoral amarga e dos resultados das eleições americanas, a Alemanha deve fazer todos os possíveis para não acabar na mesma situação, advertiu o ministro das Finanças e vice-chanceler alemão, Olaf Scholz, no domingo (08.11).

"A contagem de votos nos EUA não foi apenas um thriller político que durou dias, é também um aviso urgente. Um aviso também para nós, na Alemanha, sobre o que pode acontecer se uma sociedade se deixar dividir", escreveu Scholz num artigo de opinião para o jornal Bild am Sonntag.

Depois da divulgação dos resultados no sábado (07.11), o ministro das Finanças da Alemanha felicitou o Presidente eleito, Joe Biden, e a vice-presidente eleita, Kamala Harris, mas referiu que o trabalho nos EUA está apenas a começar.

Divisões sociais

Olaf Scholz apontou as divisões sociais não só entre as pessoas das comunidades mais ricas e mais pobres, mas também as divisões urbanas e rurais.

Bundestag - Beginn Haushaltswoche
Olaf Schloz: "Contagem de votos nos EUA não foi apenas um thriller político que durou dias"Foto: Michael Kappeler/dpa/picture-alliance

As divisões nos EUA não foram criadas pelo Presidente Donald Trump, mas foi algo que o republicano "explorou e aprofundou impiedosamente" durante o seu mandato, lembrou ainda o ministro alemão.

Segundo Olaf Scholz, estas divisões também podem ser vistas na Alemanha, onde alguns se sentem cidadãos de segunda classe, enquanto outros sentem que "são melhores do que outros".

"Aprendamos com os EUA"

"Aprendamos com os EUA e evitemos erros que causam enormes prejuízos", recomenda o vice-chanceler alemão.

As observações do social-democrata Olaf Scholz surgem quando a Alemanha começa a olhar para as suas próprias eleições gerais no próximo ano e a preparar-se para uma era pós-Merkel.

Após 14 anos no cargo, a chanceler Angela Merkel não voltará a concorrer no próximo ano.

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