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Erradicar pobreza é prioridade para Moçambique

Nuno de Noronha29 de setembro de 2014

Na 69ª sessão da Assembleia Geral da ONU, o chefe da diplomacia moçambicana sublinhou também a importância da consolidação da paz no país. Esta segunda-feira há intervenções de Angola, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

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Foto: picture-alliance/dpa

A Assembleia Geral das Nações Unidas prossegue esta segunda-feira (29.09), em Nova Iorque, com a participação dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Para hoje estão previstas as intervenções do primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, do primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Gabriel Costa, e do vice-presidente angolano, Manuel Vicente.

Angola está também a concorrer ao lugar de membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o biénio 2015-2016. Esta é mais uma oportunidade para o país angariar votos.

No encontro de hoje, os líderes mundiais analisam também o grau de implementação do acordo sobre a cessação das hostilidades na República Centro-Africana (RCA) e o seguimento do processo político neste país, que ainda é considerado instável. A RCA é membro da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos, que Angola preside desde janeiro.

“Tirar partido dos recursos naturais”

Moçambique participou nos debates dos líderes internacionais no sábado (27.09). Discursando perante a Assembleia Geral da ONU, o chefe da diplomacia moçambicana, Oldemiro Balói, reiterou os objetivos do seu Governo de erradicar a pobreza e promover a paz e o desenvolvimento económico do país.

Um dos desafios enumerados por Oldemiro Balói foi “a melhoria da produção e produtividade agrícola, um setor que vai continuar a ter um papel-chave no desenvolvimento da economia” do país.

Oldemiro Baloi, mosambikanischer Außenminister
Oldemiro Balói, ministro dos Negócios Estrangeiros de MoçambiqueFoto: Romeu da Silva

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Moçambique apontou também “o desenvolvimento o capital humano para fazer face aos novos desafios económicos.

Outra das prioridades referidas foi “a promoção do setor privado para tirar partido das descobertas e da exploração de recursos naturais”.

No fim do discurso, o chefe da diplomacia moçambicana frisou que a prioridade é o desenvolvimento sustentável e o combate à pobreza.“É nossa convicção firme que a paz e estabilidade vão continuar a ser os desafios principais de Moçambique que tem como epicentro o intuito de erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável.”

A necessidade da resolução da questão palestiniana e do Saara Ocidental foi outro dos temas enfatizados na abertura do discurso do chefe da diplomacia moçambicana, que também pediu o fim do bloqueio a Cuba por parte dos Estados Unidos.

Portugal pede apoio para a Guiné-Bissau

Também no sábado, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, defendeu o apoio dos parceiros internacionais à Guiné-Bissau, depois da realização de eleições democráticas dois anos depois do golpe de Estado de 2012.

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“Esta oportunidade de efetivo virar da página tem de ser aproveita e apoiada”, sublinhou o chefe da diplomacia lusa, lembrando que “o povo e as autoridades guineenses estão a fazer o seu papel.”

A consolidação dos avanços requer e merece o apoio da comunidade internacional. Os parceiros internacionais devem desempenhar um papel determinante em áreas como a da capacitação técnica e da assistência financeira apoiando as prioridades indicadas pela Guiné-Bissau.”

Portugal sugeriu ainda a criação de uma força de estabilização baseada na missão militar internacional na Guiné-Bissau (ECOMIB, com a introdução de novos parceiros africanos e mandatada pelas Nações Unidas.

Mobilização popular na Guiné-Bissau

Antes de discursar oficialmente na Assembleia Geral da ONU, na sessão desta segunda-feira, Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro da Guiné-Bissau, que chegou ao poder em meados deste ano, falou à Rádio ONU sobre o sentimento geral no país.

Domingos Simoes Pereira
Domingos Simões Pereira, primeiro-ministro da Guiné-BissauFoto: DW

“Todos compreendemos que não há uma alternativa à paz, à reconciliação, aos guineenses encontrarem compromissos que permitam criar uma base consensual para a reedificação do estado. O sentimento dos guineenses é que há algo novo, algo de positivo a acontecer”, disse Simões Pereira.

Segundo o chefe do Governo de Bissau, “os guineenses sentem-se convocados para este esforço coletivo para a criação de consenso” e existe “uma grande mobilização popular” a favor da congregação de esforços. “Penso que seja o início de um percurso importante e que começa bem”, concluiu.

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