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EUA analisam tráfico de droga e de pessoas e democracia

Lusa
15 de março de 2024

O embaixador dos EUA para a Guiné-Bissau, a residir no Senegal, disse hoje estar de visita a Bissau para analisar a situação do tráfico de droga e de seres humanos, bem como o respeito pela democracia.

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USA Flagge
Foto: picture-alliance/newscom/UPI Photo/J. Angelillo

Michael Raynor encontrou-se hoje (15.03) com o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, a quem disse ter dado conta dos assuntos discutidos com vários ministros do Governo, entre os quais o titular da pasta do Interior e Ordem Interna, Botche Candé.

Em declarações aos jornalistas, Raynor disse que, na reunião que manteve hoje com Candé, falou "dos desafios como tráfico de droga, tráfico de seres humanos".

"Falámos também de como podemos respeitar a democracia, os direitos civis, as liberdades das pessoas", declarou o embaixador dos Estados Unidos da América.

Michael Raynor disse ter debatido com o Ministro do Interior e Ordem Pública guineense os constrangimentos que aquele departamento estatal enfrenta para a manutenção da segurança do país.

"Entendemos que num país democrático há dificuldades para o Ministério do Interior em manter a paz e observar a democracia e a segurança, mas entendemos que há princípios que, se forem respeitados, é bom porque ajudam a levantar a reputação da Guiné-Bissau", observou o diplomata.

As autoridades guineenses, nomeadamente as forças da ordem, têm sido acusadas por partidos da oposição ao regime em vigor na Guiné-Bissau e por organizações da sociedade civil de atuação musculada perante direitos civis dos cidadãos.

Michael Raynor, embaixador dos EUA para a Guiné-Bissau
Michael Raynor, embaixador dos EUA para a Guiné-BissauFoto: DW/G.Tedla Hailegiorgis

Atualmente está em vigor na Guiné-Bissau uma medida decretada pelo Ministério do Interior que proíbe a concentração de pessoas para manifestações de cariz político, uma situação criticada por vários setores, que a consideram inconstitucional.

As críticas à medida fundamentam-se no facto de o país não estar num estado de emergência ou de sítio.  Em relação ao tráfico de droga, várias vozes, entre as quais a do ex-primeiro-ministro guineense Nuno Nabiam, têm vindo a afirmar que o país enfrenta atualmente este problema, alegações desmentidas pelas autoridades.

EUA: "inicio de conversações"

O último relatório da Liga Guineense dos Direitos Humanos, publicado em janeiro passado, aponta para persistência de situações de tráfico de crianças que são levadas para países vizinhos com a promessa de aprender o Corão, mas que acabam na mendicidade, tal como de jovens aliciadas para redes de prostituição.

Em junho de 2023, os Estados Unidos da América publicaram um relatório no qual colocaram a Guiné-Bissau na lista de países que menos tomam medidas para combater o tráfico de seres humanos no mundo.

Na altura, o Presidente guineense negou as alegações de Washington e afirmou que o país não era traficante de nada.

O embaixador norte-americano não quis responder às perguntas dos jornalistas à saída do Ministério do Interior e Ordem Pública, afirmando tratar-se apenas de "inicio de conversações" com as autoridades guineenses.

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