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Angola: EUA querem mais transparência na contratação pública

Lusa
26 de abril de 2024

Agência norte-americana para o desenvolvimento (USAID) defende mais transparência na contratação pública em Angola para promover a confiança dos investidores e anuncia parceria de 3,5 milhões de dólares.

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Visita a Angola do Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken
Visita a Angola do Secretário de Estado dos EUA, Antony BlinkenFoto: Andrew Caballero-Reynolds/REUTERS

A administradora da agência norte-americana para o desenvolvimento (USAID) defendeu onte,m (15.04) mais transparência na contratação pública em Angola para promover a confiança dos investidores e anunciou uma nova parceria no valor de 3,5 milhões de dólares.

Numa visita ao Corredor do Lobito (Benguela, sul de Angola), Samantha Power, abordou o papel catalisador do financiamento norte-americano para desbloquear "o potencial do povo angolano" e apontou as vantagens desta ligação ferroviária para ajudar a transformar Angola num 'hub' comercial.

Salientou, por outro lado, que os objetivos dos EUA para o Corredor do Lobito, que atravessa Angola ligando o porto do Lobito, na costa atlântica, à fronteira com a Republica Democrática do Congo, não é apenas fazer a infraestrutura, mas fazê-la bem feita.

Para tal, os procedimentos devem ser transparentes e abertos, de forma a favorecer trabalhos de qualidade e criar empregos para  as comunidades locais, acrescentou.

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Nova parceria

A mesma responsável anunciou neste âmbito uma nova parceria da USAID com o executivo angolano, no valor de 3,5 milhões de dólares (3,26 milhões de euros), para favorecer maior transparência nas adjudicações publicas, que envolve também um aprofundamento do trabalho com a sociedade civil, os 'media' e as instituições para que os angolanos "recebam o justo valor pelo que pagaram".

"São recursos do Estado que precisam de ser protegidos", destacou, salientando a importância de um sistema de contrapesos na governação.

Samantha Power disse que Angola fez progressos na luta contra a corrupção nos últimos anos, mas acrescentou que, para atrair investimento privado, é preciso melhorias significativas.

"Angola não pode alcançar totalmente o seu potencial económico se os investidores não tiverem confiança de que podem operar de forma transparente e que o Estado de direito predomina", indicou a responsável da USAID.

Assinalou, por outro lado, que, com os atuais chefes de Estado, arelação entre Angola e Estado Unidos é mais forte do que nunca, e considerou que não será afetada se a Casa Branca tiver um novo inquilino depois das próximas eleições presidenciais, a 05 de novembro.

Corredor do Lobito: A bandeira na relação entre Angola e EUA

"Os EUA têm valores e interesses que perduram, que se refletem no aprofundamento desta relação, por isso acredito que vão perdurar não só no próximo ciclo eleitoral, mas ao longo de muitas gerações", prosseguiu Samantha Power.

O ministro dos Transportes angolano, Ricardo  Abreu, afirmou que o Governo continua empenhado no plano nacional ferroviário, estimando lançar a concessão do corredor ferroviário de Moçâmedes (sul) ainda este ano.

Admitiu , por outro lado, que o modo de financiamento destes projetos "é o grande desafio", apelando ao desenvolvimento do setor privado.