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PolíticaEstados Unidos

EUA: Trump indica Amy Barrett para Supremo Tribunal

AP | AFP | DPA | Reuters | Lusa | cvt
27 de setembro de 2020

Donald Trump nomeou a conservadora para substituir Ruth Bader Ginsburg nas mais alta corte dos Estados Unidos. Presidente pretende concluir processo para preencher vaga no tribunal antes da eleição de novembro.

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Washington Trump Vorstellung Supreme Court Richterin Nominierte Amy Coney Barrett
Foto: Chip Somodevilla/Getty Images

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no sábado (26.09) que a juíza conservadora do estado de Indiana, Amy Coney Barrett, é a sua escolhida para preencher a vaga deixada por Ruth Bader Ginsburg no Supremo Tribunal do país.

"Hoje tenho a honra de nomear uma das mentes jurídicas mais brilhantes e dotadas da nossa nação para o Supremo Tribunal", disse Trump sobre Barrett numa cerimónia oficial nos jardins da Casa Branca.

"Ela é uma mulher de realização inigualável, intelecto elevado, credenciais sólidas e lealdade inabalável à Constituição", acrescentou.

Barrett, uma antiga assistente do falecido juiz Antonin Scalia, mostrou-se "profundamente honrada" com a indicação e alinhou-se com a abordagem conservadora de Scalia à lei, dizendo: a sua "filosofia judicial também é minha".

"Amo os Estados Unidos e amo a Constituição dos Estados Unidos", disse Barrett. "Um juiz deve aplicar a lei tal como está escrita. Os juízes não são decisores políticos," declarou.

A decisão irá colocar uma oponente do aborto no lugar da juíza Ruth Bader Ginsburg, o ícone liberal que morreu no início deste mês.

Confirmação rápida

Os senadores republicanos esperam uma rápida confirmação de Barrett antes das eleições de 3 de novembro, para blindar os ganhos conservadores no sistema judicial federal antes de uma potencial transição de poder. 

Trump apoiou a posição. "Deve ser uma confirmação direta e imediata," disse o Presidente.

O Líder da Maioria do Senado Mitch McConnell disse que o Senado votará "nas próximas semanas" sobre a confirmação de Barrett. As audiências estão marcadas para começar a 12 de outubro.

Trump espera que a nomeação sirva para revigorar os seus apoiantes, enquanto procura afastar o seu concorrente às presidenciais, Joe Biden, que enfrentará na próxima semana no primeiro dos três debates televisivos previstos.

Vozes contrárias

Biden sugeriu que a confirmação de Barrett esperasse até depois das eleições. "O Senado não deve atuar até que o povo americano selecione o seu próximo Presidente e o próximo Congresso", declarou.

A indicação de Barrett por Trump irritou a candidata a vice de Biden, Kamala Harris, que disse que se oporá à nomeação para o Supremo Tribunal.

Harris, que é membro da Comissão Judiciária do Senado com poder de veto, disse numa declaração: "Seria uma farsa substituir [Ginsburg] por uma juiza que está a ser selecionada para desfazer o seu legado e apagar tudo o que ela fez pelo nosso país".

Barrett, de 48 anos, é uma católica devota e mãe de sete filhos, dois dos quais foram adoptados no Haiti.

A ser confirmada, Barrett será seria a juíza mais jovem no atual Tribunal Supremo e o sexto dos nove membros do Supremo a ser nomeado por um Presidente republicano, e o terceiro do mandato de Trump.

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