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Filho de Jacob Zuma nega acusações de corrupção

tms | AFP | Lusa
8 de outubro de 2019

Filho do ex-Presidente Jacob Zuma negou segunda-feira acusações do ex-vice-ministro das Finanças, de que teria participado num esquema de corrupção. Duduzane Zuma falava perante comissão de inquérito, em Joanesburgo.

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Ajay e Atul Gupta e Duduzane Zuma durante entrevista em JoanesburgoFoto: imago/Gallo Images

O filho do ex-Presidente foi acusado de ter participado em 2015 numa reunião na qual um empresário, membro da influente família Gupta, teria proposto que o então vice-ministro das Finanças, Mcebisi Jonas, assumisse a liderança da pasta para que fossem facilitados favores comerciais à sua família.

Na ocasião, a quantia de 40 milhões de dólares terá sido oferecida a Jonas, segundo o próprio ex-vice-ministro, que também disse ter sido ameaçado de morte caso não aceitasse a oferta.

No entanto, esta segunda-feira (07.10), Duduzane Zuma, de 35 anos, desmentiu o depoimento do ex-vice-ministro das Finanças. Disse que não houve oferta de subornos e que a reunião com os Gupta não aconteceu.

Duduzane Zuma foi citado por várias testemunhas, incluindo ex-ministros, como um canal para a família Gupta, formada por empresários que supostamente estão envolvidos nas alegações de corrupção durante o mandato do ex-Presidente Jacob Zuma.

Amizade com a família Gupta

No entanto, perante a comissão de inquérito, o filho do ex-Presidente sul-africano, não negou ter relações com a família Gupta: "O senhor Tony Gupta é meu parceiro comercial e também um amigo muito próximo. Passamos muito tempo juntos todos os dias."

Filho de Jacob Zuma nega acusações de corrupção

Jacob Zuma também testemunhou, em julho, nesta mesma comissão de inquérito, mas retirou-se alegando que havia sido "tratado como culpado", segundo os seus advogados. Porém, o ex-chefe de Estado concordou em colaborar com a comissão em breve. 

O antigo Presidente da África do Sul foi forçado a renunciar ao cargo no início do ano passado por escândalos de corrupção relacionados à família Gupta, que terá assinado contratos lucrativos com empresas estatais e que poderia até escolher ministros para melhor atender aos seus interesses. No entanto, no seu primeiro depoimento na comissão de inquérito, Jacob Zuma negou as acusações e falou em "calúnias".

O sucessor de Zuma, o Presidente Cyril Ramaphosa, prometeu combater a corrupção na África do Sul, liderada pelo partido do ANC desde que Nelson Mandela chegou ao poder em 1994, após o fim do regime do apartheid.