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PolíticaSuécia

Finlândia e Suécia já formalizaram pedido de adesão à NATO

tms | com agências
18 de maio de 2022

Os embaixadores da Finlândia e da Suécia junto da NATO entregaram esta manhã os pedidos de adesão dos dois países à organização. "Um momento "histórico", afimou o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg.

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Schweden Stockholm | Sauli Niinistö, Präsident Finnland & Magdalena Andersson, Ministerpräsidentin
Foto: Markku Ulander/Lehtikuva/dpa/picture alliance

"Saúdo calorosamente os pedidos da Finlândia e da Suécia para aderir à NATO. São os nossos parceiros mais próximos e a vossa adesão à NATO vai aumentar a nossa segurança partilhada. As candidaturas que apresentaram hoje são um passo histórico", declarou Stoltenberg, numa breve cerimónia no quartel-general da Aliança, transmitida em Bruxelas.

O secretário-geral da organização garantiu que os 30 países membros da NATO estão determinados em "trabalhar em todas as questões" do processo de alargamento e em "alcançar conclusões rápidas", numa altura em que a Turquia ainda coloca obstáculos à adesão de Suécia e Finlândia.

Os aliados ocidentais trabalham no campo diplomático para convencer Ancara, enquanto a Alemanha anunciou que vai intensificar a cooperação militar com Estolcomo e Helsínquia a fim de garantir a segurança durante o processo de adesão.

"É uma mensagem forte e um sinal claro de que estaremos unidos no futuro", disse ontem a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson. Na terça-feira (17.05), o Parlamento finlandês aprovou com ampla maioria a adesão do país à aliança militar - o que o Parlamento sueco já havia feito um dia antes.

Adesão da Suécia e da Finlândia à NATO ainda precisa do aval da Turquia
Adesão da Suécia e da Finlândia à NATO ainda precisa do aval da TurquiaFoto: Jakub Porzycki/NurPhoto/picture alliance

Ainda falta o "sim" da Turquia

A adesão, no entanto, ainda vai depender de um "sim" da Turquia, que se mostrou contrária à entrada da Suécia e da Finlândia na aliança militar. Os dois países são acusados de abrigar pró-guerrilheiros curdos - um grupo considerado terrorista por Ancara. Sem o apoio da Turquia, um dos 30 membros da NATO, as candidaturas não vão ter pernas para andar.

Mas se depender da primeira-ministra sueca, esta situação será ultrapassada: "A Suécia também está ansiosa por cooperar com a Turquia na NATO. Essa cooperação pode ser um elemento novo e importante nas nossas relações bilaterais. É claro que a Suécia está contra todas as formas de terrorismo, tal como a NATO e a União Europeia também estão".

O Presidente finlandês, Sauli Niinisto, e a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, vão para Washington na quinta-feira (19.05) para se encontrarem com o Presidente Joe Biden, com quem debaterão as suas candidaturas à NATO.

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, manifestou esta terça-feira a sua confiança no sucesso das candidaturas e deverá encontrar-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, esta quarta-feira, em Washington, para falar sobre a questão.

Chanceler alemão, Olaf Scholz, está confiante no processo
Chanceler alemão, Olaf Scholz, está confiante no processoFoto: Oliver Berg/dpa/picture alliance

Garantias de segurança da Alemanha

Do lado de cá do Atlântico, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou que Berlim vai "intensificar" a cooperação militar com a Suécia e a Finlândia, dando mais garantias de segurança durante o período de transição até à integração dos dois países na NATO.

Scholz mostrou-se confiante no processo: "Apoio os pedidos de adesão da Finlândia e da Suécia, estou tão confiante quanto o secretário-geral da NATO que esta adesão será bem sucedida com o apoio de todos os países, incluindo a Turquia como membro da aliança".

O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) também garantiu o "apoio total" aos países nórdicos. "Os ministros sueco e finlandês falaram sobre as suas deliberações políticas relativas à adesão à NATO. E eles podem contar com o apoio total da União Europeia", disse Josep Borell.

A intenção de aderir à NATO foi manifestada por Estocolmo e Helsínquia desde o agravamento da situação de segurança causada pela guerra na Ucrânia, iniciada com a invasão russa, a 24 de fevereiro. Para os dois países nórdicos, esta é a melhor forma de garantir a sua segurança perante os acontecimentos em curso no território ucraniano.

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