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Pedido de apoio da FLEC para adesão de Cabinda na UA

15 de outubro de 2020

O pedido de apoio foi tornado público nesta quinta-feira (15.10), pela direção política da Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) em comunicado de imprensa.

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Zürich Demonstration für die Unabhängigkeit Cabindas
Foto: Association Cabindaise em Suisse

A direção política da Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), solicitou nesta quinta-feira (15.10) ao presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, e ao rei de Marrocos, Mohammed VI que apoiem a adesão de Cabinda, através da FLEC, como membro observador da União Africana (UA).

Através de um comunicado, a FLEC lembra que em 1963 a então Organização da Unidade Africana (OUA), hoje União Africana (UA), determinara Cabinda como 39º território a descolonizar e Angola o 35º território.

A FLEC-FAC acusa ainda o Estado angolano de colonizar Cabinda após o abandono de Portugal em 1975.

"A admissão de Cabinda como membro observador da União Africana será a reparação de um erro e correção de um esquecimento histórico que permitirá chamar a atenção de todos os Estados africanos para a situação de constante violação dos Direitos Humanos e dos Povos vivida em Cabinda e praticada pelas forças armadas angolanas”, diz a direção política da FLEC em comunicado.

Ölproduktion in Angola
Cabinda é um enclave rico em petróleoFoto: AP

Otimismo

Por outro lado, aquela organização mostra optimismo na resposta positiva do Presidente da Nigéria, e do rei do Marrocos por acreditar que "são estados que protegem a dignidade dos povos e que condenam veemente as práticas repressivas e belicistas de Angola em Cabinda”.

Recorde-se que a FLEC, através das FAC, luta pela independência do território, alegando que o enclave era um protetorado português, tal como ficou estabelecido no Tratado de Simulambuco, assinado em 1885, e não parte integrante do território angolano.

Criada em 1963, a organização independentista dividiu-se e multiplicou-se em diferentes fações, efémeras, com a FLEC-FAC a manter-se como o único movimento que alega manter uma "resistência armada" contra a administração de Luanda.

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