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Guiné-Bissau: Ex-PGR faz queixa-crime contra Ruth Monteiro

Lusa | cvt
11 de junho de 2020

Bacari Biai apresentou uma queixa-crime no Ministério Público contra a ex-ministra da Justiça por esta ter insinuado o seu envolvimento em tráfico de droga.

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Bacari Biai Generalstaatsanwalt von Guinea-Bissau
Bacari BiaiFoto: DW/B. Darame

O ex-procurador-geral da República da Guiné-Bissau, Bacari Biai, apresentou uma queixa-crime contra a antiga ministra da Justiça Ruth Monteiro, esta quinta-feira (11.06) no Ministério Público,  por esta ter alegadamente apontado o seu envolvimento em tráfico de droga.

"Eu vim cá pedir para que a doutora Ruth Monteiro esclareça e prove quando é que sou amigo de traficantes e quando é que me envolvi no tráfico de drogas", afirmou Bacari Biai, em declarações aos jornalistas em Bissau.

Bacari Biai disse que Ruth Monteiro fez aquelas insinuações numa entrevista a um jornal em Portugal, onde se encontra atualmente.

Guinea-Bissau Ruth Monteiro
Ruth MonteiroFoto: DW/B. Darame

"Ela proferiu essas declarações em Portugal numa entrevista ao jornal Expresso", defendeu o antigo Procurador-Geral guineense, lembrando que está na Função Pública "há mais de 30 anos" e, por isso, não irá tolerar que se ponha em causa o seu nome.

"Quero lavar a minha imagem, porque quer a Constituição e as demais leis conferem a cada cidadão o direito de, ao se sentir ofendido nos seus direitos, recorrer à justiça", sublinhou Biai, salientando ter construído uma imagem de "honestidade e incorruptibilidade".

O ex-procurador disse ainda que não tem dúvida de que Ruth Monteiro será julgada e condenada porque "mentiu".

Ruth Monteiro era ministra da Justiça do Governo de Aristides Gomes e liderava a Polícia Judiciária, quando aquela polícia criminal apreendeu mais de duas toneladas de cocaína no território guineense em 2019.

Ruth Monteiro regressou a Portugal há cerca de um mês, após vários dias refugiada numa embaixada em Bissau, na sequência de alegadas perseguições de que teria sido alvo, depois da demissão do Governo de que fazia parte pelo atual Presidente da República guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Em entrevistas já em Portugal, a advogada disse que temeu pela sua vida enquanto esteve em Bissau.

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