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Guiné-Bissau:Polícias detidos por suspeita de homícidio

Marta Melo
31 de janeiro de 2017

Oito agentes da Polícia de Ordem Pública foram detidos, por suspeita de estarem ligados à morte de um homem em uma esquadra. A Liga Guineense dos Direitos Humanos defende uma melhor preparação das autoridades policiais.

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Foto ilustrativa: mercado de BissauFoto: DW/B. Darame

Além dos oitos agentes da sétima esquadra de Bissau, há dois civis que estarão também envolvidos no assassínio de um homem que tinha sido detido por alegado furto, segundo disse à DW fonte policial.

Segundo o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Augusto da Silva, a detenção do homem aconteceu devido a uma queixa apresentada pela irmã.

"Foi detido pela Polícia Judiciária no dia 21 [de janeiro] e no mesmo dia foi libertado a pedido da irmã, que apresentou a queixa. No dia seguinte, a irmã apresentou uma nova queixa, na sétima esquadra, e na noite de 22 para 23 [de janeiro] essa pessoa foi encontrada morta na esquadra”, explica.

Os agentes da polícia, detidos este fim de semana, foram presentes esta terça-feira (31.01) ao Ministério Público. Foi aberto também um inquérito interno na corporação da qual os homens fazem parte.

"Impreparação dos agentes”

Augusto Mário Silva - Menschenrechts Aktivist in Guinea-Bissau
Augusto Silva, presidente da Liga Guineense dos Direitos HumanosFoto: privat

A Liga Guineense dos Direitos Humanos espera que o resultado do inquérito seja conclusivo e se possa explicar ao público o que de facto se passou. Augusto Silva nota que este não é caso único e que mostra falta de preparação das autoridades policiais.

"É mais um caso que revela a impreparação dos nossos agentes. Não é a primeira vez que episódios destes acontecem nas nossas esquadras e, sobretudo, nesta esquadra em concreto já houve casos de tortura e que resultou também na morte de um cidadão nacional, por razoes banais”, denuncia.

Responsabilizar envolvidos

Guiné-Bissau: Polícias detidos por suspeita de homícidio

Augusto Silva lamenta a ausência de medidas para evitar situações semelhantes às verificadas este mês.

O presidente da liga considera que "é preciso, de facto, começar a responsabilizar tanto criminal como disciplinarmente também os agentes implicados”. Uma medida que, acrescenta, "é a única forma de afastar das nossas coroações policiais as pessoas que não têm a mínima preparação para estar a vergar esses uniformes que custam muito sacrifício do povo.”

"Não podemos ter agentes da polícia que, ao invés de garantir a segurança dos cidadãos, provocam leões, violações de direitos fundamentais desses cidadãos”, concluí Augusto Silva.

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