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Guineenses pedem mais ações do Governo contra o coronavírus

Iancuba Dansó (Bissau)
11 de fevereiro de 2020

O coronavírus continua a preocupar os guineenses, que pedem mais ações de prevenção no país. Cidadãos ouvidos pela DW exigem um espaço próprio para monitorizar casos suspeitos.

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Hospital em Wuhan, cidade epicentro do coronavírus na ChinaFoto: picture-alliance/AP/Chinatopix

O Governo da Guiné-Bissau implementou várias medidas de contenção contra o novo coronavírus: há, por exemplo, controlos nas fronteiras, com recurso a termómetros, e quem tiver febre ou sintomas de gripe é sujeito a um inquérito.

Na semana passada, o Ministério da Saúde pediu a mais de 40 estudantes guineenses regressados da China para ficarem em quarentena, em suas casas. No entanto, vários cidadãos pedem ao Executivo um espaço próprio para monitorizar casos suspeitos.

Como se prevenir contra o coronavírus

"As pessoas, quando descem do avião, [deveriam ir] diretamente para este espaço, ao invés das famílias irem ao aeroporto recebê-las e levá-las a casa", diz um estudante de medicina. Em entrevista à DW, uma vendedora afirmou também que o Governo deveria "assumir as suas responsabilidades"

"Eu vi as pessoas que vieram da China: em menos de três dias estiveram em festas e aniversários. Acho que isso não é justo".

Outro estudante lembra que é preciso muita precaução: "Se a pessoa está infetada pode transmitir o vírus a outras em causa e isso pode ser uma contaminação que pode atingir todas as pessoas".

Projetos afetados

O país não registou qualquer caso de coronavírus até agora. Entretanto, por causa da prevenção à doença, vários projetos chineses estão a ser afetados.

"Estamos temporariamente a adiar as deslocações das equipas técnicas e o projeto do porto de pesca de Alto Bandim, que estava a precisar de reforço de técnicos", anunciou na segunda-feira (10.02) o embaixador chinês Jin Hong Jun, em entrevista à Rádio Nacional da Guiné-Bissau.

O dipomata afirmou, no entanto, que está convencido "que esta epidemia vai ficar controlada".  

O novo coronavírus já provocou mais de mil mortos e infetou mais de 43 mil pessoas na China, segundo o último balanço divulgado pelas autoridades chinesas esta terça-feira (11.02). No país, vivem mais de 200 estudantes guineenses. Em Bissau, além das medidas de contenção, o Governo instituiu um espaço semanal de divulgação das informações às populações sobre o coronavírus.

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