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Aristides Gomes denuncia risco à vigilância do coronavírus

Lusa
1 de março de 2020

O primeiro-ministro que saiu das legislativas denunciou uma alegada intervenção de soldados para desmantelar a equipa de vigilância do novo coronavírus, montada no ministério da Saúde.

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Foto: DW/B. Darame

Na sua página do Facebook, a partir da sua residência em Bissau, Aristides Gomes admitiu este domingo (01.03) estar em risco o seguimento diário de viajantes que chegam à Guiné-Bissau.

"Um grupo de militares acabou de entrar no Ministério da Saúde Pública e forçou a equipa da Direção-Geral de Epidemiologia e Segurança Sanitária, que estava a trabalhar sobre a epidemia de coronavírus, a abandonar as instalações do Ministério", lê-se na publicação.

Aristides Gomes indicou ainda que ficou adiada a vinda ao país, na passada sexta-feira, de uma missão de apoio laboratorial, equipada com reagentes de diagnostico do coronavírus encomendados pelo seu Governo.

Ainda segundo Aristides Gomes, que foi destituído pelo autoproclamado Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, na sexta-feira, a mesma equipa de técnicos internacionais iria dar formação aos agentes de saúde da Guiné-Bissau.

Movimentação militar

Desde quinta-feira (27.02) que soldados das Forças Armadas guineenses iniciaram a ocupação de edifícios do Governo, palácios da Justiça e do Parlamento, obrigando os funcionários que aí se encontrarem a abandonar.

Numa conferência de imprensa este domingo na sua residência, Gomes considerou que o Governo não tem condições de trabalhar "atendendo as circunstâncias".

Questionado sobre quem de facto manda no país, já que Umaro Sissoco Embaló destituiu o seu Governo, tendo nomeado o primeiro vice-presidente do Parlamento, Nuno Nabian, primeiro-ministro, Aristides Gomes afirmou que "quem manda é quem tem a força neste momento".

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