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Hospital moçambicano nega desaparecimento de bebé

Lusa
13 de outubro de 2021

Hospital Provincial da Matola, arredores de Maputo, desmente acusações de que um bebé tenha desaparecido. Unidade de saúde diz que recém-nascido morreu logo após o parto.

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(Foto ilustrativa)Foto: DW/S. Lutxeque

Esta semana, as associações apresentaram em conferência de imprensa o relato de uma mãe que deu à luz no Hospital Provincial da Matola. A mãe relatou aos jornalistas que foi sedada e, nem ela, nem a família, nunca receberam o corpo, após o parto no hospital, em que se queixa de outros maus-tratos.

Mas, segundo a unidade de saúde, tratou-se da morte de um recém-nascido logo após o parto, disse Ana Paula Rodrigues, diretora da unidade, citada esta quarta-feira (13.10) pela Rádio Moçambique.

"Após a cesariana houve a extração do nado morto do sexo feminino, que foi removido para a morgue", referiu a diretora, colocando de lado qualquer hipótese de desaparecimento do bebé, como a mãe denunciou.

Segundo Ana Paula Rodrigues, os familiares voltaram ao hospital "para saber do nado morto, levaram a certidão de óbito, mas não fizeram a confirmação" do corpo, tendo regressado dias depois, dizendo que "queriam o bebé que tinha sido roubado", assumindo que ele lhes tinha sido tirado.

Houve mais visitas da família, mas quando foram à morgue, o corpo "tinha sido removido e seguido os trâmites legais", disse, sem avançar mais detalhes.

"Desde então, temos tido o acompanhamento de outras instâncias, tanto do Ministério da Saúde, assim como dos serviços provinciais de Saúde" para concluir o processo, acrescentou.

O caso desta mãe serviu para ilustrar as queixas de 40 organizações contra vários casos de violência em maternidades do país e suspeitas de tráfico de bebés.

As associações moçambicanas denunciaram casos de violência pré-natal, no parto e pós-parto em unidades hospitalares no país, apelando para uma investigação e responsabilização dos profissionais de saúde envolvidos.

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