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Imprensa alemã destaca crise de segurança na Nigéria e eleições na África do Sul

Marcio Pessôa9 de maio de 2014

Jornais alemães dão especial atenção ao sequestro das raparigas pelo grupo radical islâmico Boko Haram durante toda a semana. Os periódicos também ressaltaram a virtual vitória do ANC nas eleições na África do Sul.

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Foto: Fotolia

O Frankfurt Allgemeine Zeitung acompanhou durante a semana a situação das 223 jovens sequestradas na Nigéria. As estudantes foram raptadas há três semanas pelo grupo radical islâmico Boko Haram.

O jornal publicou que, apesar de o Mundo se preocupar em ajudar a resgatar as meninas, a matança no país prossegue.

Somente na terça-feira (6/5), 300 pessoas foram mortas na sequência de um ataque de extremistas à vila de Gamboru Ngala, no Nordeste do país.

O periódico ressalta que o exército nigeriano é incapaz de encontrar os integrantes do grupo radical e as estudantes raptadas. A matéria também registra protestos nas ruas contra a inoperância do governo enquanto o grupo armado espalha o terror e o medo.

A seita que mata

Com o texto “Uma falha cruel do Estado”, o Berliner Zeitung marca um artigo opinativo na sua cobertura sobre a crise de segurança na Nigéria. Baseia-se em um relatório do International Crisis Group (ICG), publicado no início deste mês, dando conta que mais de 500 pessoas foram mortas pelo Boko Haram somente em abril.

Wahlen Südafrika 2014
Eleições na África do SulFoto: picture-alliance/dpa

O artigo destaca outro ataque ocorrido nesta semana em Kousseri, cidade nigeriana às margens do Chari. A investida do Boko Haram contra unidades policiais na região deixou alerta o governo do Tchade porque logo do outro lado do rio está a capital tchadiana, N'Djamena.

Conforme a análise do jornalsita Dominic Johnson, o Tchade é um aliado da França no combate a grupos radicais no Mali. Para o analista, “desde os Camarões, o conflito se espalha por Nigéria e República Centro-Africana”.

Ele lembra a expulsão brutal de muçulmanos da República Centro-Africana na direção do Tchade. Para o Berliner Zeitung, parece haver um conflito complexo e exige atenção de governos de vários países.

Saldo de mortes

Der Tagesspiegel destacou uma declaração específica do presidente nigeriano Goodluck Jonathan para dizer que ele está com receio da situação das estudantes raptadas e preferia muito mais falar da economia do país. A matéria de Dagmar Dehmer lembra que o grupo armado radical já acumula saldo de 1500 mortes em três meses.

DieTageszeitung destacou uma grande campanha “Devolvam as nossas meninas” que acontece no Facebook e no Twitter. O movimento na rede conta com mais de 422 mil usuários.

Uma petição já tem mais de 228 mil assinaturas de pessoas de diversos países, comovidas com o drama vivido pelas estudantes raptadas na Nigéria e suas famílias.

Demonstration nach Entführung von Kindern Nigeria
Protesto contra o sequestro das estudantes nigerianasFoto: picture-alliance/dpa

A espera resultados

O mesmo Der Tagesspiegel publicou matéria do correspondente Rorger Andrang nas eleições parlamentares na África do Sul. O texto destaca a vitória do Congresso Nacional Africano e a participação da população no pleito.

“Mesmo antes da abertura das mesas de votação, às sete horas da manhã, milhares já formavam longas filas. Cerca de 25 milhões de pessoas foram habilitadas a escolher o novo parlamento”, escreve periódico.

A matéria do Die Zeit, o “Continente da Esperança”, de Meike Schreiber, revela o potencial do continente para receber investimentos estrangeiros. O texto se refere ao continente como “o último mercado mundial do futuro”. Também salienta que o Fundo Monetário Internacional espera que um crescimento real na África subsaariana de cerca de 5,5 por cento de 2014 para 2015.

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