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PolíticaCabo Verde

Democracia em Cabo Verde "é irreversível"

Lusa
19 de janeiro de 2021

O Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, afirmou em Bissau que a estabilidade governativa é o "grande trunfo" em que se ancora o turismo no país.

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Foto: DW/C. V. Teixeira

Jorge Carlos Fonseca, que se encontra em visita oficial à Guiné-Bissau, falava esta terça-feira (19.01) numa aula aberta na Faculdade de Direito de Bissau sobre "a democracia e o Estado de Direito - Experiência cabo-verdiana".

Numa dissertação durante mais de uma hora, o Presidente cabo-verdiano começou por caraterizar o percurso histórico partilhado entre Cabo Verde e Guiné-Bissau, até se separarem com o golpe de Estado militar ocorrido em Bissau, em novembro de 1980.

A partir daquele momento, Jorge Carlos Fonseca demonstrou os caminhos trilhados pela sociedade cabo-verdiana e que culminaram com a abertura democrática nos princípios dos anos 90 do século passado ao ponto de, volvidos 30 anos, a democracia ser irreversível, frisou. 

O líder cabo-verdiano defende que "muita gente" no país não corrobora a tese de que a democracia não pode voltar para trás, mas considera que os factos presentes não enganam.

"Para a esmagadora maioria dos cabo-verdianos, o único critério legítimo de exercício do poder político é o critério das urnas, do voto popular. Isso em Cabo Verde é irreversível, não há regresso ao passado em Cabo Verde", sublinhou Jorge Carlos Fonseca.

Se um dia aparecer a tentação de um regresso ao passado, o dirigente não tem dúvidas de que a sociedade cabo-verdiana irá reagir e derrotar a ideia. 

Turismo vive da estabilidade

Falando de pé para uma plateia de juristas já consagrados e alunos da Faculdade de Direito de Bissau, Jorge Carlos Fonseca explicou que em Cabo Verde não existe a experiência de eleições antecipadas.

"Desde 1991 nunca houve eleições antecipadas em Cabo Verde, é uma chatice, mas nunca tivemos essa experiência. Todas as assembleias, todos os governos, todos os presidentes em Cabo Verde fizeram o seu mandato limpinho, como diz Jorge Jesus, o treinador do futebol, limpinho, limpinho", observou.

O Presidente cabo-verdiano apontou o sistema do Governo que diz estar alicerçado na estabilidade política como "grande trunfo" de Cabo Verde, fator que, assinalou, acaba por potenciar o setor do turismo, principal ativo da economia.

O turismo representa 25% da economia cabo-verdiana e nestes tempos da pandemia da Covid-19, o setor está praticamente parado, o que deixa o país "cheio de problemas", enfatizou Jorge Carlos Fonseca.

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