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Luísa Rogério, jornalista angolana de projeção internacional

27 de junho de 2019

Conhecida por coberturas eleitorais internacionais, Luísa Rogério foi eleita membro da Comissão Executiva da Federação Internacional dos Jornalistas. É a primeira vez que um angolano ocupa tal cargo.

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Foto: Fotolia

A conhecida jornalista angolana Luísa Rogério foi eleita a semana passada para o cargo de membro-executivo da Federação Internacional de Jornalistas (FIJ). Analistas e pessoas próximas descrevem-na como uma profissional "competente" e "defensora dos amigos até a exaustão".

Em declarações à DW África, Teixeira Cândido, amigo de Luísa Rogério e atual secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, descreve as qualidades da profissional angolana. Luísa já exerceu o mesmo cargo do colega entre 2004 e 2015.

"Ela é muito solidária com as pessoas, muito educada e uma pessoa amiga. Quando é tua amiga é mesmo tua amiga. É defensora dos amigos até a exaustão, afirmou.

No Jornal de Angola, Luísa Rogério orientou o estágio de vários jornalistas que hoje desempenham cargos ministeriais no Estado angolano depois de terem abandonado a profissão. Uma destas jornalistas do Jornal de Angola é a repórter Yara Simão. Presente nas edições Novembro há 17 anos, a profissional de informação explica que tudo o que sabe hoje sobre jornalismo tem, sobretudo, a "mão" de Luísa Rogério.

"Eu entro para o Jornal de Angola em 2003, e a Luísa Rogério foi a minha primeira chefe. Eu não sabia nada, não sabia nem sequer fazer um lead [abertura] de uma notícia", diz.

Coberturas internacionais

Como jornalista, Luísa é conhecida pelas coberturas eleitorais, principalmente em países africanos. A profissional cobriu, por exemplo, as eleições gerais de 2018 na República Democrática do Congo que elegeram Félix Tshisekedi como substituto de Joseph Kabila.

Luísa Rogério, jornalista angolana de projeção internacional

Para Teixeira Cândido, a escala de Luísa Rogério para coberturas eleitorais deve-se apenas a uma razão: "competência". "Luísa cobriu o Protocolo de Lusaka, cobriu várias eleições. Não é por qualquer outra razão que não seja competência", conta.

Em 2013, Luísa Rogério foi eleita para o cargo de vice-presidente da Federação Africana de Jornalistas durante o Congresso da organização em Casablanca, Marrocos. No dia 13 deste mês, Luísa foi eleita membro-executivo da FIJ durante o 30º Congresso da Associação de Jornalistas do Mundo, que congrega 187 sindicatos de 141 países.

Para além da angolana, foram também eleitos um brasileiro e outro português para desempenhar iguais funções na organização fundada em 1962. A eleição lhe valeu em Angola chuvas de felicitações, incluindo as do presidente angolano, João Lourenço.

"Luísa Rogério vai dar o seu melhor nesta federação internacional, porque ela tem muita experiência nesse ramo. Foi secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, defendeu os direitos da classe jornalística e soube dar o apoio necessário", afirma Yara Simão.

Com essa eleição, Luísa Rogério reforça o seu estatuto de mulher de dimensão internacional, conclui Teixeira Cândido. "Luísa é conhecida em Moçambique, na África do Sul, no Gana e em vários países mesmo como profissional. Por outro lado, essa presença dela, pelo menos, na Federação Africana dos Jornalistas e agora na Federação Internacional de Jornalistas torna Luísa uma mulher internacional, mas ela já o era", conclui.