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Mais de 100 mortos em ataque de milícia étnica no Mali

AFP | Reuters | EFE | tms
23 de março de 2019

Pelo menos 115 pessoas morreram neste sábado (23.03), no centro do Mali, após um ataque de homens armados. Entre as vítimas estão mulheres grávidas, crianças e idosos, informaram fontes oficiais.

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Cidade de Mopti, na região do ataque (foto de arquivo)Foto: Fotolia/Jan Reinke

Segundo informações, os atacantes pertenceriam à etnia Donzo. Fontes tribais e oficiais informaram à agência de notícias EFE que homens armados, usando uniformes de caçadores, invadiram pela manhã a cidade de Ogossagou, na região de Mopti, e atacaram a população local, composta de pastores da etnia Fulani.

Um vereador de Ogossagou classificou o ataque como um "massacre" e ressaltou que o número de mortos deve subir, já que várias pessoas foram gravemente feridas pelos caçadores donzo.

Além disso, o vereador afirmou que um grande número de casas foi queimada pelos homens armados. O exército do Mali já está na região para reforçar a segurança depois do ataque.

O ataque, tido como o mais mortífero dos últimos tempos no país, acontece pouco tempo depois que uma missão do Conselho de Segurança da ONU visitou o Mali para tentar encontrar soluções para a violência que matou centenas de civis no ano passado e está a se espalhar pela região do Sahel na África Ocidental.

Violência

No último dia 17 de fevereiro, mais de 40 civis morreram em um ataque similar contra os integrantes da minoria fulani da cidade de Libbé, situada também na comarca de Bankass, onde está Ongossagou.

A região de Mopti foi ao longo de 2018 palco de diversos confrontos entre as duas etnias. Além da disputa pelo controle da região, os donzo acusam os fulani de terem vínculos com os grupos jihadistas locais.

Segundo a Human Rights Watch, mais de 200 civis morreram e dezenas de aldeias foram incendiadas no centro do Mali como consequência de ataques de milícias formadas por grupos étnicos da região.

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