1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Mau tempo deixa rasto de destruição em Manica

Bernardo Jequete (Manica)
5 de dezembro de 2018

Uma pessoa morreu e 200 famílias ficaram desalojadas depois das chuvas e ventos fortes dos últimos dias na província de Manica, centro de Moçambique. No meio do caos, há habitantes que elogiam o trabalho do Governo.

https://p.dw.com/p/39V49
Foto: DW/B. Jequete

Há estradas cortadas e escolas fechadas. Em situação mais crítica encontram-se Báruè, Gondola e Machaze, três dos 12 distritos da província de Manica onde as chuvas e os ventos fortes sentidos nos últimos dias causaram grandes prejuízos materiais. Há estradas completamente intransitáveis.

Algumas famílias ouvidas pela DW África mostram-se satisfeitas com o apoio dado pelo governo através do Instituto Nacional de Gestão e Calamidades (INGC), que tem estado a oferecer tendas, plástico para cobertura, alimentação e cobertores.

Mau tempo deixa rasto de destruição em Manica

"Estamos felizes por vermos o que está a fazer o governo, que está a vir socorrer-nos", diz Alberto Pedro, um dos afetados pelo vendaval no distrito de Báruè. "A escola também acabou por ser destruída e temos crianças que estudam aí, da primeira à sétima classe", conta.

Moisés Thole, outro residente no distrito, viu a sua casa ser destruída pela intempérie. "Eu perdi muitas coisas, milho, pratos e toda a roupa. Estamos ao relento, mas as crianças não sofreram", relata.

Dezenas de alunos sem aulas

Uma escola de Báruè também ficou completamente destruída, deixando perto de 500 alunos sem aulas. "Neste momento estamos prejudicados, as aulas terminaram e para o reinício das aulas estaremos com dificuldades", afirma o diretor da escola, Manuel Victor Chacuamb, que pede apoios para a reconstrução das salas de aula.

Segundo o delegado do INGC em Manica, Teixeira Almeida, os técnicos já estão espalhados pelos distritos mais críticos para fazer o levantamento das necessidades, de forma a que os apoios sejam concretizados o mais rapidamente possível.

"Para além de montarmos tendas, distribuímos alimentação e também tivemos de apoiar em mantas. Doravante o trabalho continua no terreno e os colegas estão já a trabalhar ao longo da província", explica Teixeira Almeida.