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Membro da comissão provincial de eleições na Beira libertado por falta de provas

Arcénio Sebastião (Beira)23 de outubro de 2014

O vogal da Comissão Provincial de Eleições e membro do Movimento Democrático de Moçambique detido na quarta-feira (22.10) na cidade da Beira, por suspeita de fraude, foi libertado por insuficiência de provas.

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Campanha do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) na Beira, em MoçambiqueFoto: DW/A. Cascais

O indiciado era acusado de ter viciado dados no distrito de Chibabava, privilegiando o seu partido.

"Ele foi ouvido pela Procuradora da cidade e a Procuradora viu que não havia matéria", avançou Amândio Passos, delegado da Movimento Democrático de Moçambique (MDM).

"Lucas Zabicas foi dispensado. Ele está neste momento a trabalhar, em Maringué, não está detido", acrescentou.

A libertação de Lucas Zabicas, membro sénior do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e vogal na Comissão Provincial de Eleições na província de Sofala, foi ordenada pela Procuradora-Geral da cidade da Beira por falta de provas por parte da acusação.

Lucas Zabicas foi conduzido à primeira esquadra da Procuradoria-geral de Moçambique na tarde de quarta-feira (22.10), acusado de ter falsificado dados eleitorais no distrito de Chibabava, dando vantagem ao candidato presidencial do MDM, Daviz Simango.

Afonso Dhlakama
Moçambique continua à espera da divulgação dos resultados das eleições gerais de 15 de outubro. Os dados parciais dão conta da maioria da RENAMO no distrito de Chibabava, em SofalaFoto: DW/A. Cascais

Libertação imediata

Durante a investigação do caso, as autoridades policiais constataram que as pessoas que acusavam Zabicas não tinham provas da alegada viciação dos resultados, facto que obrigou o Ministério Público a ordenar a libertação imediata do membro do MDM. Lucas Zabicas esteve detido cerca de 24 horas.

A DW África tentou sem sucesso ouvir a polícia provincial e a Comissão Provincial de Eleições.

No entanto, um delegado do MDM alega que Lucas Zabicas foi conduzido à esquadra com a intenção de o afastar do local de controlo dos resultados.

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"Ele começou a detetar algumas anomalias com editais que não estavam assinados pelos vogais nem pelo presidente da mesa. E ele contestou. Logo foi visto como um calcanhar de aquiles no processo. Mandaram-no sair e depois disseram-lhe que ele falsificou os dados. Disseram-lhe que ele aumentou os dados para o MDM", explicou Amândio Passos.

"Houve manobras para tirar o vogal do MDM de lá e eles ficarem a viciar os dados", conclui.

Segundo declarações feitas à imprensa por Alfredo Miquitaio, da Comissão Provincial de Eleições, aquela instituição decidiu solicitar as cópias dos editais do distrito de Chibabava para comparação dos dados.

Os dados até agora processados continuam a dar vantagem ao candidato presidencial Afonso Dhlakama e ao seu partido, a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO).

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