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SaúdeAlemanha

Merkel promete vacinar população da Alemanha até setembro

DW (Deutsche Welle) | EFE | Lusa
2 de fevereiro de 2021

No final de uma reunião com farmacêuticas, a chanceler Angela Merkel manteve o compromisso de disponibilizar a vacina a todos os cidadãos da Alemanha até ao final setembro, apesar dos atrasos no início da vacinação.

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Foto: Hannibal Hanschke/Reuters/AP/picture alliance

"Todos entendemos a urgência da vacinação para ver o fim da pandemia", declarou a chanceler alemã na segunda-feira (01.02), depois de se ter reunido com os chefes de Governo dos 16 estados federados da Alemanha, representantes das empresas farmacêuticas envolvidas na produção da vacina e também da Comissão Europeia.

Angela Merkel disse que o governo recebeu garantias de que será possível vacinar contra a Covid-19 todos os adultos - cerca de 73 milhões de habitantes - que vivem no país na data prevista, ou seja, até ao final do verão na Europa, que termina em setembro.

A chanceler da Alemanha anunciou ainda que os governos federal e estaduais pretendem adotar "um plano nacional de vacinação" para agilizar o processo de imunização.

Os planos do governo alemão exigem a entrega de 18 milhões de doses no primeiro trimestre, número que subiria para 77 milhões no segundo trimestre e 125 milhões no terceiro trimestre.

Estão disponíveis as três vacinas aprovadas até agora pelas autoridades da União Europeia: a alemã BioNTech-Pfizer, a americana Moderna e a anglo-sueca AstraZeneca. Espera-se agora estender a oferta com as vacinas da Johnson & Johnson e da alemã Curevac.

Chuva de críticas

A campanha de vacinação na Alemanha, que teve início no final de dezembro, não tem corrido bem, devido à lentidão, falta de vacinas, problemas burocráticos e conflitos com as farmacêuticas. Até agora, a primeira dose da vacina foi administrada a cerca de 2,1 milhões de habitantes e a segunda a mais de 500 mil pessoas.

A vacina da BioNTech funciona contra nova variante da Covid-19?

Nos últimos dias, as autoridades regionais têm pressionado o governo de Merkel para estabelecer um cronograma vinculativo de entregas. A chanceler expressou a sua "compreensão" relativamente a este assunto, mas o ministro da Saúde, Jens Spahn, sublinhou já que a pressão não resultará em lotes extras da vacina.

Merkel lembrou também que ainda não é claro quando tempo dura a imunidade contra o coronavírus e se a vacina terá ser administrada anualmente. Por isso, as mutações do vírus podem mudar completamente os planos. Se as vacinas não funcionarem, então será preciso "começar tudo de novo", admitiu a governante.

Merkel pede paciência aos cidadãos

A chanceler alemã também afirmou que as entregas "mais lentas" na União Europeia (UE) das vacinas contra o Covid-19 resultam da recusa dos europeus em dar autorizações de urgência, como fizeram os britânicos. 

"É verdade que foi mais lento em certos pontos, mas também existem boas razões para que fosse mais lento", justificou Angela Merkel, que pediu paciência aos cidadãos.

A líder alemã sublinhou ainda que as negociações com os laboratórios farmacêuticos foram longas e difíceis. "Lutámos muito tempo", em particular na questão da responsabilidade dos laboratórios no respeito pelos prazos de entrega", insistiu.

"Compreendo a deceção" da população "porque toda a gente pensava, tendo em conta o volume de encomendas" de vacinas efetuados pelas autoridades, que essas "iriam chegar muito mais depressa", admitiu Merkel. 

No entanto, no decurso do primeiro trimestre não será possível aumentar as capacidades de produção dos fabricantes para além do previsto. 

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