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Família de Mariano Nhongo receia participar no funeral

Lusa
14 de outubro de 2021

A família do líder do grupo dissidente da RENAMO, morto na segunda-feira pelas forças governamentais, teme perseguição ou mesmo detenções.

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(Foto de arquivo)Foto: DW/A. Sebastião

"Toda a família dele tem medo, incluindo os filhos, e ninguém vai poder participar", disse Jorge Nhongo, irmão mais novo do defunto, à comunicação social na cidade da Beira, por telemóvel, a partir de um ponto incerto do centro de Moçambique.

Segundo o irmão do líder dissidente da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), apontado como responsável por ataques armados no centro de Moçambique desde agosto de 2019, a família teme perseguições ou mesmo detenções.

"Nós não podemos vir aí. Todos nós estamos com medo de sermos capturados ou até mortos", frisou Jorge Nhongo.

Também Calisto Mariano Nhongo, outro dos filhos do líder da autoproclamada "Junta Militar" da RENAMO, manifestou o seu receio, alegando, sem muitos detalhes, que já escapou a uma emboscada na região de Chirassicua, no distrito de Nhamatanda, na presença dos seus irmãos que agora também estão em parte incerta.

"Não posso dizer onde eu estou porque também tenho medo de ser perseguido", declarou o filho de Nhongo.

Mariano Nhongo foi morto na segunda-feira (11.10) numa mata do distrito de Cheringoma, província de Sofala, centro do país, durante uma troca de tiros com uma patrulha da polícia moçambicana.

Fonte das Forças de Defesa e Segurança em Sofala confirmou à agência de notícias Lusa que o corpo de Mariano Nhongo não foi ainda reclamado.

No dia em que foi anunciada a morte de Nhongo, o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique, Bernardino Rafael, disse que o corpo do guerrilheiro seria entregue à sua família.

Morte de Nhongo: Arbitrariedade do Estado moçambicano?

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