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Moçambique: Festival assinala os 25 anos do grupo Mutumbela Gogo

7 de novembro de 2011

O grupo moçambicano de teatro Mutumbela Gogo celebra 25 anos de existência com a realização de um festival que decorre até 13 de novembro. “Matei, Não Assassinei”, da autoria de Henning Mankell, é uma das estreias.

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A peça da autoria do escritor sueco Henning Mankell é um dos destaques do programaFoto: picture-alliance/ dpa

A Companhia de Teatro Mutumbela Gogo é a mais antiga companhia moçambicana e uma das mais importantes de África. Para marcar o 25.º aniversário de existência, o grupo organizou um festival que arrancou no domingo (06.11.) e no qual participam grupos de teatro de Moçambique, Portugal, Áustria e Alemanha.

Por dia são apresentadas três peças, entre as quais algumas estreias. O evento serve também parta apresentar “excertos de várias peças que foram apresentadas ao longo destes 25 anos”, precisa a diretora artística do grupo, Manuela Soeiro. Por isso, serão, lembrados os maiores sucessos do grupo, como “Nove Horas e Quem Somos Nós”. “Queremos reavivar a memória daqueles que acompanharam e conhecem ou viram o Mutumbela Gogo a nascer”, diz Manuela Soeiro.

Produktion Learning by Ear
A atriz Lucrécia Paco (primeira à direita) - aqui durante as gravações do Learning by Ear - é uma das protagonistas de “Sonhos Guerreiros”Foto: DW

Henning Mankell e Paulina Chiziane entre as estreias


Para esta terça-feira (08.11) está prevista a estreia da peça “Matei! Não Assassinei”, da autoria do escritor sueco Henning Mankell, que vive entre Moçambique e a Suécia.

Outro dos destaques do programa é a peça “Sonhos Guerreiros”, co-escrita pela escritora moçambicana Paulina Chiziane e pelo dramaturgo Géza Révay. Trata-se de um trabalho do Theater tri-bühne, um grupo de Estugarda, na Alemanha, na qual participam alguns atores moçambicanos. Uma das protagonistas é Lucrécia Paco, uma das mais antigas atrizes do Mutumbela Gogo.

Lucrécia Paco já participou em peças teatrais com vários grupos estrangeiros, interpretando papeis em várias línguas. Apesar de não considerar a tarefa fácil, a atriz diz que com dedicação é possível ultrapassar todas as barreiras. “Tenho que me adaptar ao espaço e ao tempo e é isso o que o Mutumbela Gogo tem estado a fazer”, sublinha.

Mosambik Manuela Soeiro
A diretora artística Manuela Soeiro convidou grupos de outras províncias de Moçambique para o festivalFoto: DW


Teatro moçambicano em crescimento

A mais antiga companhia moçambicana está neste momento preocupada com o estado do teatro no país. No entanto, apesar de todas as dificuldades, o movimento teatral tem crescido bastante em Moçambique, diz Manuela Soeiro.

Prova disso é que para este festival foram convidados vários grupos e diretores artísticos de grupos de outras províncias de Moçambique para marcar presença nas celebrações dos 25 anos do Mutumbela Gogo.

Desde a sua existência, o grupo já apresentou mais de 70 peças. Até ao final do evento, haverá oficinas de teatro e, todas as noites, sessões de música moçambicana e poesia.

Autor: Romeu da Silva (Maputo)

Edição: Madalena Sampaio/António Rocha