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Cinco candidatos à liderança da RENAMO

Arcénio Sebastião | Madalena Sampaio | Lusa | ar
16 de janeiro de 2019

A RENAMO, reunida em Congresso, deverá eleger esta quarta-feira (16.01) o sucessor de Afonso Dhlakama.

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Mosambik Renamo Parteikongress in Gorongosa
Foto: DW/A. Sebastiao

A RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, está reunida desde terça-fira (15.01.) num congresso de três dias numa tenda montada junto a uma das bases militares na serra da Gorongosa.

O encontro deverá culminar na escolha do sucessor de Afonso Dhlakama na presidência da força política, líder que deverá ser também o candidato da RENAMO às eleições presidenciais de 15 de outubro deste ano.

Mosambik Renamo Parteikongress in Gorongosa
Foto: DW/A. Sebastiao

Segundo o correspondente da DW África que está cobrir o congresso, são cinco os candidatos à liderança do principal partido da oposição em Moçambique:

Ossufo Momade,  general na reserva e atualmente coordenador interino da RENAMO, Hermínio de Morais, general na reserva, Elias Dhlakama, irmão do antigo líder do partido e general na reserva das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Juliano Picardo, deputado da Assembleia da República pela bancada da RENAMO no círculo eleitoral de Tete e Manuel Bissopo, atual secretário-geral da RENAMO.

O congresso junta 700 delegados e convidados e está a debater, além da sucessão de Dhlakama, as negociações de paz no país, a revisão dos estatutos e a eleição de um novo secretário-geral. 

Participam no congresso como convidados o Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento (PDD), de Raúl Domingos, e o Partido Renovador Democrático (PRD).

"Alternativa" à governação em Moçambique

Primeiro dia do congresso da RENAMO

Na terça-feira (15.01) na cerimónia de abertura dos trabalhos deste VI Congresso, Ossufo Momade, coordenador interino da Resistência Nacional Moçambicana, defendeu que o partido deve continuar a ser uma alternativa de governação em Moçambique.

"A nossa missão e o nosso desafio é continuarmos a ser uma alternativa de governação", referiu Ossufo Momade, que dirige o partido desde maio de 2018, após a morte de Afonso Dhlakama. Momade, realçou a necessidade de fortalecer a coesão interna, para a Renamo "ser forte" no seu projeto de governação inclusiva. 

O líder interino da RENAMO, defendeu ainda os ideais do ex-líder como forma de consolidar a democracia em Moçambique, tendo afirmado que "o nosso saudoso presidente ensinou-nos a saber transformar as dificuldades em fonte de inspiração e crescimento", numa alusão às queixas da RENAMO de fraude nas eleições autárquicas de outubro de 2018. 

Ossufo Momade assinalou que o pacote de descentralização, fruto da trégua militar entre as forças governamentais e o braço armado da RENAMO, em vigor desde dezembro de 2016, deve servir para fortalecer a democracia.