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Covid-19 leva ao encerramento de escolas em Inhambane

7 de julho de 2021

Duas escolas foram encerradas em Inhambane, no sul de Moçambique, devido à Covid-19. Há professores, alunos e encarregados de educação infetados. Alguns professores têm medo de dar aulas porque ainda não se vacinaram.

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Diretor provincial da educação garante que os casos positivos estão a ser monitorizadosFoto: Luciano da Conceição/DW

Estão fechadas as escolas primárias de Nhalivilu e Mhalamba, localizadas no interior do distrito de Inharrime, em Inhambane, onde mais de 60 pessoas - entre professores, alunos e encarregados de educação ; testaram positivo para Covid-19.

Crimildo Helena, chefe do departamento de saúde pública em Inhambane, disse à imprensa que as duas escolas não tinham condições de continuar com as aulas porque a maioria dos professores contraiu o novo coronavírus.

"No total, tivemos doze pessoas que faziam parte da própria escola - seis professores, cinco alunos e um profissional administrativo - mais algumas pessoas da comunidade, que eram contatos das crianças. Não tinha condições de continuar a escola, então fez-se o encerramento", justificou Crimildo Helena.

Evitar a propagação do vírus

Na escola primária de primeiro e segundo graus de Nhalivilu, mais de 40 pessoas testaram positivo para o novo coronavírus.

José Chilene, diretor-distrital da Educação em Inharrime, garante que o setor estará a fazer de tudo para evitar a propagação da doença e avança que "há um trabalho de rastreio destes casos positivos, que está sendo feito".

Mosambik Coronavirus Schulschließungen
Escola no interior de Inhambane encerrada por pelo menos 12 dias devido à Covid-19Foto: Luciano da Conceição/DW

Ainda de acordo com Chilene, "[como] uma das medidas de prevenção para novas infeções, a escola vai permanecer encerrada por um período de 12 dias".

Professores com medo

Os professores com menos de 50 anos de idade ainda não foram vacinados contra a Covid-19. Por isso, muitos continuam com medo.

Florentina Limeme, uma professora de Inhambane, disse à DW que as vacinas ainda não chegaram nem para o corpo docente nem para os alunos. Limeme confessa que tem receio de trabalhar, como tantos outros docentes, mas não tem outra alternativa: "Mesmo com medo, não temos outra saída. Trabalhamos nós todos".

Apesar da subida de casos do novo coronavírus - Moçambique foi o país onde se registou o maior aumento de infeções nas últimas duas semanas em África -, o Governo da província de Inhambane diz que vai realizar o tradicional Festival de Tofo este ano, respeitando as regras do novo normal.

A vacinação contra o coronavírus em Moçambique