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Falta de aviões na LAM prejudica turismo em Inhambane

10 de dezembro de 2022

Operadores turísticos falam em enormes prejuízos e lamentam não ter como contornar a situação. Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tem operação parada desde 5 de dezembro e diz não saber quando voltará a voar.

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Mosambik l Flugzeug der LAM
Foto: Johannes Beck/DW

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) tem a sua operação parada desde o passado dia 5 de dezembro, devido à avaria dos seus aviões. Em comunicado, a companhia de bandeira nacional, diz não saber quando voltará a operar.

Na província de Inhambane, os efeitos negativos já se fazem sentir. Em entrevista à DW, Yassin Amuji, presidente da Associação de Turismo de Vilankulo, lembra que esta é uma altura do ano em que um elevado número de turistas procura a região.

"Os impactos sempre serão negativos quando uma companhia decide parar de voar ou tem algum problema. Há pessoas que já programaram as suas viagens. Estamos a entrar na época alta do ano”, disse.

Mosambik | Leere Lokale ohne Touristen in Inhambane
Devido à paralisação dos voos da LAM, muitos estabelecimentos estão sem clientesFoto: Luciano Conceição/DW

Também Alexandre Júnior, gerente do hotel Baobab Beach, afirma que a situação está "complicada” e a trazer enormes prejuízos, uma vez que há hóspedes com reservas feitas que não têm como chegar à região.

"Os estrangeiros optam por voar, agora se não há voo, não há como chegarem aqui, mesmo tendo feito reserva”, nota.

Alternativas

Os constrangimentos na operação da LAM não são novos. Por isso, explica à DW, Suzana Vidal, gerente do Baía Mar, a maioria dos seus clientes recusa-se a viajar com a LAM há mais de três anos. Segundo ela, consideram constrangedor as constantes avarias e adiamentos dos voos da LAM.

"Diria que 95% dos meus hóspedes viajam com a AirLink, já ninguém vem com a LAM, porque é muito instável", diz Suzana Vidal.

Mosambik | Yassin Amuji | Präsident Tourismusverband Vilankulo
Yassin Amuji, presidente da Associação de Turismo de VilankuloFoto: Luciano Conceição/DW

Outra alternativa, nota Julião Nhamussua, gerente do hotel Berna, é vir de carro. Segundo o empresário, são vários os turistas internacionais ao nível da região da África Austral, e também da zona centro e norte do país, que têm optado por fazer a longa viagem de carro pela EN1, ainda que a estrada continue em péssimas condições.

O presidente da Associação de Turismo de Vilankulo lamenta as queixas do setor, dizendo que não tem como contornar a situação. "Infelizmente não podemos contornar esta situação, a única coisa que podemos fazer é apelar às autoridades que gerem a companhia aérea para que levem um pouco a serio a situação", conclui.

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