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Niassa: Governo aperta o cerco ao comércio ilegal de ouro

Conceição Matende
5 de março de 2024

No norte de Moçambique, o governo do Niassa está a apertar o cerco ao contrabando e pilhagem de ouro que é comercializado ilegalmente nos vizinhos Malauí e Tanzânia. Equipas do Estado estão a monitorar a exploração.

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Exploração de ouro em Lupiliche (Foto de arquivo)
Exploração de ouro em Lupiliche (Foto de arquivo)Foto: Conceição Matende/DW

O Governo provincial do Niassa está criar equipas multissetoriais para o controlo e combate da exploração e  contrabando de ouro. A ação visa estimular ganhos para as comunidades locais e receitas para o cofre do Estado, evitando que o minério seja direcionado ao mercado ilegal.

Segundo o porta-voz do Conselho de Representação do Estado da província do Niassa, José Manuel, a equipas são compostas pelos setores de infraestrutura, polícia, migração, entre outros, com vista a estancar a onda de exploração ilegal de ouro, nos distritos de Lupiliche e Marupá.

"Esta comissão apresentou o plano operativo, que está orçado em cerca de 756 mil meticais [o equivalente a mais de 10 mil euros], o que corresponde à movimentação do pessoal técnico com habilidade na matéria para essas áreas de garimpo", explica José Manuel, acrescentando que o objetivo é "fazer um levantamento fiel dos intervenientes do processo com foco na criação de capacidade junto das cooperativas".

O Governo quer que as comunidades beneficiem mais da exploração de ouro (Foto simbólica)
O Governo quer que as comunidades beneficiem mais da exploração de ouro (Foto simbólica)Foto: Hannah McNeish/AFP/Getty Images

Exploração intensa

De acordo com o delegado do Instituto de Minas no Niassa, Silvino Bonomar, a província está explorar o ouro com alguma intensidade nos distritos de lago e Marupá. O trabalho é feito por algumas cooperativas de forma artesanal e também por empresas.

Bonomar diz que a expetativa é de que o levantamento que as equipas vão fazer no terreno forneça dados sobre a quantidade de ouro que está a ser explorada na região, tanto pelas cooperativas quanto pelas empresas. 

O delegado do Instituto de Minas afirma que a ideia é que a exploração do ouro contribua "ainda mais do que tem contribuído para a economia da província".

"Nós temos incentivado as empresas junto aos mineradores artesanais para um diálogo saudável, no sentido de haver um memorando de entendimento entre as partes para permitir que esta exploração não venha prejudicar a população bem como a própria empresa", conta.

Para além do ouro,  a província do Niassa tem também como destaque a exploração de rubi, grafite, entre outros minerais.

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