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Niassa une-se para apoiar vítimas do ciclone Idai

Manuel David (Lichinga)
10 de abril de 2019

Na província do Niassa, no norte de Moçambique, cresce a onda de solidariedade com as vítimas de ciclone Idai. Músicos, empresários e sociedade civil estão empenhados em angariar donativos para ajudar o centro do país.

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"Movimento solidário não pode parar", defendem organizadores do eventoFoto: DW/Manuel David

Vários artistas do Niassa juntaram-se para ajudar as vítimas do ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique há quase um mês. Através da música, querem angariar mais apoios para aliviar o sofrimento dos moçambicanos que perderam quase tudo.

No fim-de-semana, organizaram um espetáculo solidário na capital da província, Lichinga. Para assistirem ao concerto, os espetadores tiveram apenas de contribuir com produtos não perecíveis.

Os artistas prometem realizar eventos semelhantes em toda a província. "Como artistas sentimos que esta é a nossa responsabilidade. É preciso solidarizarmo-nos com os outros", diz Feliciano dos Santos, que lidera a banda Massukos.

"Movimento não deve parar"

O movimento solidário não pode parar, porque a região afetada pelo ciclone continua a precisar de ajuda, sobretudo para a reconstrução, nomeadamente da cidade da Beira, "que vai levar anos para recuperar", sublinha Feliciano dos Santos.

Niassa une-se para apoiar vítimas do ciclone Idai

"Este movimento não deve parar agora. Um parceiro deu-nos 2.000 dólares e vamos comprar produtos alimentares que podemos mandar para Sofala", revela ainda o músico.

Na mesma onda solidária, saíram no passado sábado (06.04) de Lichinga para o centro do país três camiões carregados de postes de energia, fruto de uma doação de uma empresa florestal, para aliviar os encargos da Eletricidade de Moçambique, que tenta repor a rede elétrica nas zonas afetadas.

A governadora do Niassa, Francisca Domingas Tomás, considera que a província está dar uma resposta positiva à causa e elogia "a adesão das populações, dos desportistas, dos músicos e da sociedade civil e de todas as organizações que estão a empenhar-se na mobilização de recursos para minimizar o sofrimento das comunidades devido o ciclone e às enxurradas."

Francisca Domingas Tomás apela ainda para que este movimento continue: "Porque os nossos concidadãos perderam tudo, não têm roupa, nem casas, não têm nada para poderem sobreviver e dependem dessa solidariedade."