1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Atentado de outubro na Somália fez 512 mortos

AFP | Lusa | mjp
2 de dezembro de 2017

O ataque mais mortífero da história do país, a 14 de outubro, em Mogadíscio, fez 512 mortos, anunciou este sábado (02.12) o Comité de Operações de Emergência da Somália.

https://p.dw.com/p/2oeab
Somalia Mehr als 260 Tote nach Doppel-Anschlag in Mogadischu
Foto: Getty Images/AFP/M. Abdiwahab

O anterior balanço, divulgado no final de outubro, dava conta de 358 mortos no atentado de 14 de outubro com um camião armadilhado em Mogadíscio, considerado o mais mortífero da história da Somália. O atentado não foi reivindicado, mas as autoridades não têm quaisquer dúvidas de que os militantes do grupo extremista islâmico Al-Shabab são os responsáveis.

O número de pessoas afetadas pelo ataque chega a 869, segundo o comité das operações de emergência na Somália. "512 morreram, 259 ficaram feridas. Há outras 70 pessoas que não sabemos se estão mortas ou desaparecidas", declarou este sábado Abdulahi Mohamed Shirwac, presidente do comité.

O organismo, composto por onze membros, foi criado em outubro na sequência do atentado na capital somali.

Combate ao extremismo intensifica-se

Somalia Mogadishu Bombenexplosion
Atentado deixou um rasto de destruiçãoFoto: Reuters/F. Omar

A Al-Shabab, grupo ligado à Al-Qaeda, controla ainda vastas zonas rurais do país. Os ataques dos extremistas islâmicos visam regularmente hóteis e restaurantes em Mogadíscio.

Os Estados Unidos intensificaram as suas operações na Somália nas últimas semanas, acelerando significativamente o ritmo dos seus ataques com drones contra os rebeldes locais, do Al-Shabab e do Estado Islâmico. Estes ataques são agora quase diários.

No final de março, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ampliou os poderes conferidos aos militares norte-americanos para realizar ataques no país do Corno de África, minado pelos guerrilheiros da Al-Shabab, que juraram derrubar o frágil Governo central, apoiado pela comunidade internacional e pelos 22 mil homens da força da União Africana (AMISOM).

Desde então, o Pentágono expandiu a sua luta contra o Estado Islâmico em todos os países onde os rebeldes encontram refúgio.