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O maior partido da oposição sul-africana terá um novo líder

Subry Govender/ Joana Rodrigues8 de maio de 2015

Helen Zille afirmou não estar disponível para uma reeleição. Mmusi Maimane e Wilmot James são os principais candidatos à liderança da Aliança Democrática, o maior partido da oposição sul-africana.

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Foto: picture-alliance/AP Photo

A Aliança Democrática, o principal partido da oposição na África do Sul, vai eleger este sábado (09.05) um novo líder, após Helen Zille, a líder nacional durante os últimos oito anos, ter decidido abandonar o cargo. Mmusi Maimane e Wilmot James são os dois principais candidatos.

“Muitas vezes me perguntaram quanto tempo iria permanecer como líder da Aliança Democrática, e sempre respondi que saberia quando chegasse o momento de deixar o cargo. E agora esse momento chegou, e por isso não estarei disponível para reeleição a 9 de maio”, diz Helen Zille, de 64 anos, e líder do partido desde 2007.

Nessa altura, a Aliança Democrática apenas tinha 2% dos votos dos eleitores. Oito anos mais tarde, o partido cresceu significativamente, e nas últimas eleições teve mais de 23% dos votos. Tem agora um apoio muito maior por parte dos sul-africanos negros.

A Aliança Democrática controla também a província do Cabo Ocidental, a única das nove regiões que não é liderada pelo Congresso Nacional Africano, o partido no poder.

Um dos dois candidatos à liderança do partido é Mmusi Maimane, de 35 anos, líder parlamentar da Aliança Democrática desde Junho de 2014. Maimane tem vincado a sua posição ao se manifestar contra a corrupção e ao defender que a África do Sul deve ser um país aberto para todas as pessoas.

Mmusi Maimane
Mmusi Maimane é líder parlamentar da Aliança Democrática desde 2014Foto: imago stock&people

“Temos muitos partidos políticos a lutar por um ontem melhor, mas o nosso partido quer construir um amanhã que assegure que a África do Sul tenha uma economia inclusiva, um bom sistema de educação e que construa uma sociedade sem distinções raciais”, afirma Maimane. “A Aliança Democrática vai continuar a lutar por essas causas, porque queremos fazer a África do Sul avançar em vez de andar para trás, como outros partidos querem. Acreditamos que todos podemos contribuir para o futuro da nação.”

Maimane acredita que o país vai sofrer uma mudança política e de governação nos próximos dez anos, e declara que está preparado para liderar esse processo cadso seja eleito. “Quando uma sociedade se torna instável, as mudanças aceleram-se. Os ataques xenófobos e os altos níveis de desemprego mostram que a África do Sul está a enfrentar graves tensões. Acredito que as mudanças de que precisamos estão próximas, e que iremos ver um realinhamento político no país. O modelo que temos neste momento não é sustentável”, acrescenta.

O segundo candidato à liderança da Aliança Democrática é o professor Wilmot James, de 62 anos, um antigo ativista anti-apartheid. James é membro do Parlamento e Presidente do Conselho Federal do partido, e quer liderar a oposição para travar o declínio da África do Sul.

Wilmot James
Wilmot James lutou contra o apartheid e agora quer liderar a oposição sul-africanaFoto: imago stock&people

“Fiz parte da luta contra o apartheid e dos processos que construíram a nova Constituição. Mas esta democracia tem muitas falhas. Acredito que a Aliança Democrática é o único partido que ainda pode deter a maré de corrupção e de declínio que a África do Sul atravessa”, diz James.

Faltam poucas horas para o novo líder ser eleito, mas parece que Mmusi Maimane tem a vantagem. O candidato conta com o apoio de vários líderes da Aliança Democrática, incluíndo a presidente do município da Cidade do Cabo, Patricia de Lille.

Analistas políticos e membros do partido dizem que quem suceder a Helen Zille terá de trabalhar em conjunto com toda a Aliança Democrática se o partido quiser chegar ao Governo dentro de uma década.

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