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ONU espera transparência nas eleições em São Tomé e Príncipe

Lusa
18 de agosto de 2018

As Nações Unidas apelam às forças políticas são-tomenses para que as eleições marcadas para 7 de outubro decorram com "transparência e credibilidade".

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Eleições são-tomenses em 2014Foto: DW/R. Graça

"Lançamos um apelo a todas as forças políticas deste país para que as eleições que terão lugar no dia 07 de outubro se desenrolem nas condições da paz, estabilidade, transparência e de credibilidade", disse o representante especial do secretário-geral da ONU para a África Central, François Fall, num comunicado emitido na sexta-feira (17.08).

O diplomata das Nações Unidas foi recebido pelo Presidente são-tomense Evaristo Carvalho, no âmbito de uma missão de auscultação junto das autoridades locais, dos partidos políticos e a sociedade civil organizada.

"Tomamos, com grande satisfação, boa nota da vontade das autoridades de convidarem observadores internacionais para assistir a estas eleições, o que denota a vontade do governo de organizar as eleições de forma transparente", disse François Fall à imprensa à saída do encontro com o chefe de Estado.

Galerie - São Tomé e Príncipe
Palácio presidencial, em São ToméFoto: DW/R. Graça

O enviado especial de António Guterres garantiu que as Nações Unidas "estão determinadas a dar todo o apoio necessário" ao processo eleitoral, razão pela qual fornece assistência para o reforço das capacidades das instituições encarregues de organizar o escrutínio.

"Vamos encontrar com os partidos políticos. Pensamos que a nossa missão será frutífera para vermos com as coisas se desenrolam no terreno. Estamos encorajados com os preparativos em curso", acrescentou.

"Como sabem, estamos nas vésperas das eleições legislativas e das eleições locais e recebemos do senhor Presidente da República a garantia quanto à boa preparação dessas eleições", explicou.

Insegurança em São Tomé

A deslocação a São Tomé do enviado especial do secretário-geral da ONU acontece cerca de 15 dias depois do governo são-tomense afirmar que impediu uma "ação terrorista" que visava o sequestro do Presidente da República, do presidente da Assembleia Nacional e a eliminação física do primeiro-ministro e chefe do Governo. 

"Nesta operação foram detidos por enquanto três indivíduos de nacionalidade espanhola e dois cidadãos nacionais", indica o Governo, num comunicado do Conselho de Ministros.

Em junho, o Governo também tinha anunciado a detenção do deputado do maior partido da oposição, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata, Gaudêncio Costa, ex-ministro da Agricultura, e de Ajax Managem, um sargento da Forças Armadas, por "tentativa de subversão da ordem constitucional".

"Aproveitamos essa oportunidade para transmitir a preocupação das Nações Unidas na sequência das informações de desestabilização contra o governo", referiu François Fall, reafirmando que a ONU "se opõe a toda a forma de violência, a toda a forma de se chegar ao poder pela força".