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Organismos da diplomacia angolana vão ser inspecionados

Lusa | tms
11 de novembro de 2017

Ordem para inspeção é do novo ministro das Relações Exteriores, que proibiu operações financeiras nas missões diplomáticas e consulares de Angola. Não há informações sobre eventuais suspeitas.

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Ministério das Relações Exteriores de Angola, em LuandaFoto: DW/V. T.

O novo ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, ordenou inspeções a dois organismos governamentais que tutela, informou à Lusa fonte da diplomacia angolana.

Em dois despachos assinados na sexta-feira (10.11), Manuel Augusto ordena a "instrução de duas inspeções profundas e rigorosas" ao Instituto das Comunidades Angolanas no Exterior e Serviços Consulares (ICAESC) e à Direção de Recursos Humanos do mesmo ministério.

Estas inspeções serão feitas pela Inspeção-Geral do Ministério das Relações Exteriores, liderada pelo embaixador António Luís de Sousa de Lima Viegas, e os resultados "deverão ser apresentados no prazo de 45 dias", não tendo sido adiantados explicações sobre eventuais suspeitas.

Os diretores dos órgãos executivos centrais e chefes das missões diplomáticas e consulares de Angola foram informados em outubro que "estão suspensas todas as operações financeiras" solicitadas, por orientação do ministro Manuel Augusto, e que eventuais violações a esta determinação envolverão responsabilização "disciplinar, civil, financeira e/ou criminal".

Até às eleições gerais de 23 de agosto, Manuel Augusto foi secretário de Estado do então chefe da Diplomacia angolana, Georges Chikoti, tendo sido promovido a ministro pelo novo Presidente angolano, João Lourenço.

Combate à corupção

O chefe de Estado, no seu discurso de investidura, a 26 de setembro, garantiu que o combate ao crime económico e à corrupção será uma "importante frente de luta" e a "ter seriamente em conta" no mandato de cinco anos que agora inicia.

"A corrupção e a impunidade têm um impacto negativo direto na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação. Exorto por isso todo o nosso povo a trabalhar em conjunto para estripar esse mal que ameaça seriamente os alicerces da nossa sociedade", afirmou João Lourenço.

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