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PolíticaSão Tomé e Príncipe

"Os jovens têm de sentir que a CPLP é sua"

rl | Lusa
28 de agosto de 2023

A importância da juventude para o futuro da CPLP e a mobilidade entre os Estados-membros da comunidade foram os dois grandes temas da cimeira da organização, que se realizou, este domingo, em São Tomé e Príncipe.

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São Tomé und Príncipe acolheu 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Na abertura da 14.ª conferência de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no domingo (27.08), o Presidente de São Tomé e Príncipe Carlos Vila Nova deixou um desafio: "alcançar a mobilidade plena" no espaço dos países da lusofonia.

"Que tenhamos a ambição de alcançar a mobilidade plena no espaço comum de forma a estabelecermos uma verdadeira comunidade de forma a que os cidadãos usufruam de forma particular, singular e direta das vantagens e sintam no seu quotidiano a importância de pertencer à CPLP", apelou.

Na mesma ocasião, o Presidente cessante da organização, o chefe de Estado angolano, João Lourenço, afirmou que o acordo de mobilidade, que entrou em vigor em janeiro deste ano, criou expetativas nas populações a que os governantes devem corresponder.

"Foi criada uma grande expectativa nas nossas populações com o anúncio da aprovação do acordo sobre mobilidade na CPLP, mas a realidade está ainda longe de corresponder à vontade expressa, situação que nos compete a nós corrigir", admitiu.

O primeiro-ministro cabo-verdiano concorda. É necessário resolver "os constrangimentos atualmente existentes". Até porque estes constrangimentos, diz Ulisses Correia e Silva, podem diminuir, por exemplo, a tendência para a migração”.

Entre os principais objetivos da CPLP para o futuro, concordaram os governantes, está a diminuição do desemprego jovem nos vários países e a promoção da mobilidade dos jovens no espaço lusófono. Isto mesmo frisaram nos seus discursos os chefes de Estado da Guiné-Bissau e Portugal.

Cimeira contou com a presença de todos os chefes de Estado da CPLP, à exceção de Moçambique e Timor-Leste
Cimeira contou com a presença de todos os chefes de Estado da CPLP, à exceção de Moçambique e Timor-LesteFoto: Ricardo Stuckert/PR

Aposta na juventude

Segundo Umaro Sissoco Embaló, teria sido "interessante" organizar um encontro com os jovens da lusofonia antes da cimeira para ouvir sobre as suas "visões ambiciosas". Na mesma linha, o Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa defendeu a abertura das cimeiras da CPLP aos jovens.

"Os jovens têm de sentir que a comunidade é sua, não e só daqueles que a lançaram ou que a governam hoje", sublinhou Rebelo de Sousa. "Só assim a CPLP não correrá nunca o risco de se converter numa relíquia do passado ou numa montra de personalidades de uma arena política e mediática, cada vez mais distante dos nossos povos e dos nossos jovens".

Na declaração final da conferência, os Estados-membros da CPLP reafirmaram ainda a sua solidariedade com Moçambique no combate ao terrorismo em Cabo Delgado e saudaram a conclusão do desarmamento da RENAMO.

A Comunidade reiterou ainda o seu apoio ao Brasil e África na aspiração de ocuparem um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. E reconduziu o secretário-executivo Zacarias da Costa para um segundo mandato de dois anos.  

No evento, que contou com a presença de todos os chefes de Estado, à exceção de Moçambique e Timor-Leste, foi anunciado que será a Guiné-Bissau a assumir a próxima presidência rotativa da comunidade.

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