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Palma: Doze decapitados durante ataque em março

tms | Reuters
8 de abril de 2021

Pelo menos doze estrangeiros foram decapitados por terroristas no ataque a Palma, em Cabo Delgado. A informação foi avançada pela imprensa moçambicana, que cita fonte da polícia.

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Imagens de satélite da vila de PalmaFoto: Planet Labs Inc./dpa/picture alliance

Em entrevista à Televisão de Moçambique (TVM), esta quinta-feira (08.04), um oficial da polícia não soube precisar a nacionalidade dos decapitados, mas acreditava que eram estrangeiros.

"Eram brancas, 12 pessoas de raça branca. Eram todos estrangeiros, não sei, não posso dizer as nacionalidades", afirmou Pedro da Silva, citado pelo jornal "O País".

Os corpos foram enterrados recentemente no distrito de Palma, no mesmo local onde terá ocorrido a decapitação, nas proximidades do Hotel Amarula Lodge, avançou.

O brigadeiro Chongo Vidigal, porta-voz do Teatro Operacional Norte, também em entrevista à TVM e citado pelo "País", disse que uma equipa de médicos legistas será mobilizada com caráter de "urgência" para o reconhecimento dos corpos.

Cabo Delgado: traumas de guerra, sonhos de paz

Situação em Palma

Durante o ataque terrorista à vila de Palma a 24 de março - ação que foi reivindicada pelo Estado Islâmico - várias infraestruturas do Estado foram destruídas, bem como viaturas da polícia e o centro de saúde local.

Residências e estabelecimentos comerciais também foram incendiados, segundo apurou a imprensa moçambicana.

As Forças de Defesa e Segurança, que há poucos dias disseram ter recuperado o controlo de Palma, estão agora a investigar se a vandalização e os saques verificados em vários locais da vila foram realizados pelos terroristas ou pela população que lá permaneceu.

Números por esclarecer 

O Governo disse que dezenas de pessoas morreram no ataque que começou a 24 de março, enquanto os grupos de ajuda humanitária acreditam que dezenas de milhares foram obrigadas a fugir. O número total de mortos e deslocados continua a não ser claro.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que foi pressionado a aceitar ajuda internacional para combater a insurreição, disse na quarta-feira que Moçambique iria abordar alguns aspetos do problema sozinho por razões de soberania.

Entretanto, esta quinta-feira, em Maputo, líderes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) defenderam uma "resposta coletiva" ao terrorismo em Cabo Delgado.