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Pessoas com deficiência denunciam recenseamento inacessível

Lusa
16 de maio de 2023

O Fórum das Associações Moçambicanas das Pessoas com Deficiência queixa-se de exclusão no processo de recenseamento eleitoral por causa da colocação de postos de registo em locais de difícil acesso.

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Posto de recenseamento eleitoral em Moçambique
Imagem ilustrativaFoto: DW

"Não podemos dizer que as pessoas com deficiência têm o mesmo direito de participar na vida política do país se continuamos a colocar postos de recenseamento em lugares como estes", referiu o diretor executivo do Fórum das Associações Moçambicanas das Pessoas com Deficiência (FAMOD), Clodoaldo Castiano, durante uma visita a alguns locais em Maputo, na segunda-feira (15.05).

A instalação de brigadas de registo em locais com várias escadas ou obstáculos físicos é um dos exemplos mais frequentes.

"Enquanto não olharmos para as pessoas com deficiência, este processo continuará a ser bastante discriminatório", acrescentou, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).

Face às queixas, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) tem apelado ao Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) para corrigir os problemas, "de maneira que toda gente seja capaz de alcançar os postos de recenseamento eleitoral".

O registo eleitoral arrancou a 20 de abril e termina a 3 de junho com a expectativa de registar cerca de 10 milhões de eleitores, numa população total estimada em cerca de 32 milhões.

Moçambique começa este ano um novo ciclo eleitoral, com a realização das eleições autárquicas a 11 de outubro, seguidas das gerais em 2024 (presidenciais, legislativas e provinciais).

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