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Cabo Delgado: Reconstrução orçada em 300 milhões de dólares

Lusa
27 de setembro de 2021

Primeiro-ministro moçambicano anunciou um orçamento de 256 milhões de euros para o Plano de Reconstrução de Cabo Delgado, palco de ataques armados desde 2017. 170 milhões destinam-se a ações de curto prazo.

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Foto de arquivo (agosto de 2018): Edifício destruído em Mocímboa da PraiaFoto: Marc Hoogsteyns/AP/picture alliance

O Plano de Reconstrução de Cabo Delgado, aprovado na última semana em Conselho de Ministros pelo Governo moçambicano, está orçado em 300 milhões de dólares (256 milhões de euros), anunciou esta segunda-feira (27.09) o primeiro-ministro.

"O orçamento total deste plano é de cerca de 300 milhões de dólares, sendo que aproximadamente 200 milhões [170 milhões de euros] são destinados à implementação de ações de curto prazo", referiu Carlos Agostinho do Rosário, durante uma apresentação a parceiros internacionais, dos quais espera apoio.

As ações de curto prazo devem ser aplicadas no prazo de um ano e incluem "a reposição da administração pública, unidades sanitárias, escolas, energia, abastecimento de água, saneamento, telecomunicações, vias de acesso, identificação civil, apoio psicossocial e autoemprego, sobretudo para jovens", entre outros.

O primeiro-ministro moçambicano realçou que "o trabalho de reconstrução de infraestruturas e do tecido humano é imenso" e "é necessário continuar a reforçar as sinergias entre Governo, parceiros de cooperação, setor privado e outros intervenientes" para agir "mais depressa".

Mosambik Premierminister Carlos Agostinho do Rosário
Carlos Agostinho do RosárioFoto: Romeu da Silva/DW

"A nossa expectativa é que, com base neste documento, os parceiros possam identificar as áreas de intervenção e indicar como se poderão juntar aos esforços do Governo na mobilização de recursos para a implementação deste plano", disse.

Medidas já em andamento

Carlos Agostinho do Rosário referiu que algumas medidas estão já em andamento, como a assistência em bens alimentares e outros, incluindo 'kits' de abrigo para as populações dos distritos de Quissanga, Nangade, Macomia, Palma e Mocímboa da Praia.

Há também uma retoma gradual do pagamento do subsídio social básico nos distritos de Nangade, Mueda, Quissanga, Ibo e Macomia.

A reposição de energia elétrica em Awasse, Mueda, Nangade e Mocímboa da Praia, o restabelecimento gradual das comunicações móveis e a reabilitação de estradas foram alguns exemplos dados pelo governante.

O primeiro-ministro sublinhou que o plano é o "documento único para a reconstrução de emergência dos distritos do norte de Cabo Delgado e não substitui outros planos de desenvolvimento das províncias do norte".

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico. O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, segundo as autoridades moçambicanas.

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